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Torben Grael se recupera e é 3º na VOR; Telefonica Black abandona etapa


Equipes sofrem com ondas gigantes (foto: Guy Salter/ Ericsson Racing Team)

Seis barcos continuam na 4ª perna da Volvo Ocean Race após as tormentas do fim de semana (24 e 25). O Telefonica Black teve que abandonar a etapa após uma rachadura em seu casco. Já o Green Dragon, com um estai de proa rompido, o Puma, com a retranca quebrada em duas partes, e o Delta Lloyd, que havia perdido um leme e um trilho de vela retomaram a regata após a pausa para reparos na costa das Filipinas. As embarcações da Ericsson e o Telefonica Blue não tiveram avarias nos barcos ao encararem as ondas de 10 metros e os ventos de 50 nós.

Torben Grael, comandante do Ericsson 4, comentou como foram os momentos de tormenta em alto mar em e-mail enviado para sua esposa Andréa. “Fiquei um tempo sem escrever por que as condições estão muito difíceis. Aqui dias difíceis. É complicado numa competição, você ficar parado esperando literalmente o tempo passar. Mas é também difícil tomar a decisão de ir adiante e pôr em risco todo o trabalho e inclusive a vida das pessoas.

Nosso objetivo nesta etapa é chegarmos inteiros a Qingdao , depois, se possível , bem colocados é claro.

Muitos barcos tiveram problemas antes mesmo de chegar ao topo da Ilha de Luzon. Quando nos aproximávamos de lá, um dos dois barcos que tinham saído, o Telefonica Negro, deu a meia volta com estragos.

Diante da situação de 50% de risco, decidimos passar a noite abrigados junto a costa de Luzon. Os Nórdicos (E3) fizeram o mesmo, só que saíram bem antes de amanhecer e nós umas duas horas antes da aurora e 3 horas após a partida deles.

No dia anterior, ainda na costa de Luzon, estávamos todos enrolados administrando a redução de nossas velas, enquanto 45 nós de vento sopravam contra 3 nós de corrente fazendo ondas horríveis, altas e curtas. Aqui dentro a coisa está impossível para descansar. Agora é muuiiitoo difícil de escrever, mas a vontade era grande”, disse Grael.

Classificação – Os barcos velejam todos à leste de Taiwan com ventos de 10 a 15 nós e com a equipe de Bouwe Bekking na líderança, com uma vantagem de 56 milhas náuticas para o Ericsson 3, 2º colocado. Torben Grael aparece na 3ª posição, distante 65 milhas do líder. Na seqüência aparecem no ranking da etapa Puma Ocean Racing, Delta Lloyd e Green Dragon, com uma diferença de 134, 221 e 271 milhas náuticas para o primeiro barco.

“Os caras que estão navegando neste barco são corajosos. Sem medo. Concordamos em uma coisa: as ondas que vimos no sábado são as maiores que já vimos. Ainda não estamos fora da disputa”, contou Ken Read, comandante do Puma, por e-mail. Ele conta ainda que se machucou no barco e cortou o dedo

“Nós trouxemos mais de um milhão de pessoas para velejar no nosso barco no ano passado e a primeira advertência que damos é para não colocar as mãos em nenhuma linha ou corda, e eu mesmo desobedeci a minha advertência. Sou oficialmente um estúpido”, completou Read, que diz “sentir os efeitos de ‘sérios’ analgésicos”.

Este texto foi escrito por: Redação Webventure