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Track & Field é confirmada na Extreme e deve ir à EMA

Redação Webventure/ Outros

Dois dias depois de encerrada a competição, a organização do Raid Brotas, evento apoiado pela Webventure, divulgou a classificação final da prova. O atraso se deu devido aos protestos de algumas equipes em relação aos cortes (mudança de categoria) e alterações no percurso. A principal novidade nos resultados é a manutenção da Track & Field na categoria Extreme, a principal, mesmo que os atletas não tenham completado o percurso total.

Na manhã de sábado, segundo dia de atividades, a Track & Field estava na segunda colocação do Raid quando houve o primeiro corte, atrasado para as 13h30, no AT5 (transição do trekking para o mountain bike), na Fazenda Torrinha. Por alguns minutos, os atletas da equipe conseguiram chegar a tempo de continuar na Extreme. O mesmo aconteceu com a Eco-Challenge e a Eco-Brasil que, no entanto, já estavam incompletas e não competiam mais pelo título. Mais tarde, também na Torrinha, houve um segundo corte, que levou alguns times à categoria Challenge, de menor percurso.

Manter ou não o corte? – “Pelo atraso dos times, achei que poderia adiar o próximo corte, às 17h, no canyoning. Mas quando vi o estado em que esses competidores chegaram à Torrinha, resolvi manter o corte”, conta Jean Claude Razel, diretor da prova. Antes de concluir o trekking, os concorrentes fizeram dois rapel e uma ascenção por escada de 50m. “O Fernando Zara da Lontra, tinha passado mal na escada. O Zé Luiz, da Track, também não estava legal. Até o Eduardo Coelho (Eco-Challenge), que é um cara forte, mostrou-se bastante cansado. Acredito que o principal motivo do desgaste e atraso das equipes foi elas terem sofrido mais na orientação”, comenta.

A decisão de manter o terceiro corte foi tomada por um júri da prova. Composto por seis pessoas – Razel, Tomás Grid Papp – responsável pelo percurso, Marcelo Maciel – especialista em mountain-bike, José Roberto Pupo – especialista em rafting, Tenente Rodrigo Araújo e Márcio Arruda, guia de Brotas – o grupo poderia tomar a decisão com no mínimo três integrantes. Assim, a Lontra, que foi a única a conseguir fazer o canyoning em tempo, passou a figurar sozinha na Extreme.

Na manhã de domingo já havia dúvidas sobre a queda da Track & Field para a categoria Adventure. Chegou a ser divulgado que a equipe teria voltado à Extreme e ainda poderia alcançar a Lontra, que perdera bastante tempo no último trecho de trekking. No mesmo período foi decidido que não haveria mais o trecho final de bóia-cross, devido ao atraso da prova.

Protesto mudou tudo – A Lontra chegou às 12h ao fim do Raid. Já a Track & Field só completou o percurso próximo das 16h, horário-limite do evento. “Demoramos porque a gente foi curtindo o percurso, não havia mais o que fazer”, comentou Alfredo Montenegro, da Track. O time protestou junto à organização, a exemplo de outros, pouco antes da premiação. A decisão foi não divulgar nada antes que o júri se reunisse, ontem, para definir quem terminou em que categoria.

“Não foi fácil”, diz Razel. “Procuramos encontrar os dois argumentos mais fortes para chegar a uma conclusão, pois percebemos que não tínhamos todos os elementos para ter tomado as decisões de manter o corte e adiar o percurso”. Foram as mantidas as quedas determinadas nos dois primeiros cortes, na Torrinha.

De acordo com a nova classificação, a Track & Field seria a herdeira da vaga na EMA (Expedição Mata Atlântica), já que a Lontra, que ganhou o convite por direito, já o havia obtido por ser a vice-campeã da edição 99.

“Montamos uma prova de alto nível, forte, com boa condições de segurança… ouvimos isso dos próprios atletas. Mas no que diz respeito a corte e informações de mudança de percurso, reconheço que fomos mal”, finaliza Razel. “Estou mandando um pedido de desculpas aos atletas da Track & Field e ao patrocinador da equipe.”

Este texto foi escrito por: Luciana de Oliveira

Last modified: julho 11, 2000

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