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Tranqüilidade é a arma para o Sertões


Edu Piano e Rogério Almeida (foto: Tom Papp/ www.webventure.com.br)

Direto de Natividade (TO) A 13ª edição do Sertões está sendo considerada a mais difícil da história até agora, tanto para competidores como equipes de apoio e organização. Além de um teste físico e para as máquinas, o Sertões também testa a resistência psicológica dos participantes.

Passar até seis horas dentro de um carro, caminhão ou moto, em condições extremas durante dez dias é capaz de tirar qualquer um do sério. Por isso manter a tranqüilidade é uma receita unânime entre os competidores.

“Tranqüilidade é fundamental para conseguir agüentar as dificuldades de um rali. Ainda mais na condição que estamos agora, bem longe dos ponteiros, sabemos que se não tivermos calma não conseguiremos chegar inteiros”, disse Marcelo Vívolo.

Depois de anos de desenvolvimento nos carros, a equipe de fábrica da Mitsubishi resolveu também apostar em melhorar a qualidade dos integrantes. “Desde um mês antes do Sertões a equipe contratou uma psicóloga para melhorar o nosso entrosamento”, contou Marcelo Vívolo. “Foi bom, ela ficou aqui até o segundo dia de Sertões. Conversamos muito em grupo e colocamos vários pontos que achávamos que estava errado. A equipe melhorou bastante depois disso”, avaliou o navegador.

Tranqüilidade é o segredo – Esse Sertões é a prova de que o controle da ansiedade pela vitória é fundamental. Klever Kolberg, que liderava a geral até ontem, teve problemas no motor e caiu seis posições. “Agora vamos calcular até onde conseguimos chegar e vamos com toda a força. Não importa se é para ser primeiro, segundo ou décimo”, disse o piloto.

Outro exemplo de duplas que vinham bem e já não têm chances na prova está na Mitsubishi. Maurício Neves e Youssef Haddad, e Ingo Hoffmann e Lourival Roldan fizeram os primeiros tempos no prólogo, mas logo depois tiveram problemas por forçar demais o carro.

Com isso, dois carros da categoria Production estão nesse momento nas primeiras colocações, atrás apenas dos líderes, Edu Piano e Rogério Almeida. Felipe Bibas e Emerson Cavassin estão em terceiro, com uma L200 RS. “Não faço preparação psicológica, só física. Faço rali há cinco anos e ansiedade agora só um pouco antes de largar. O segredo, realmente, é ficar tranqüilo e competir com serenidade”, concluiu o piloto.

Este texto foi escrito por: Daniel Costa