Quando não há ponte o jeito é enfrentar a água (foto: João Roberto Gaiotto)
No interior do Brasil, e mesmo em localidades remotas dos países vizinhos, é perfeitamente normal se encontrar riachos e pequenos córregos (arroios) com pontes precárias prestes a dar um bom susto.
A famosa Rodovia Transpantaneira, no estado do Mato Grosso, é um bom exemplo com aproximadamente 120 pontes que se espalham entre jacarés e capivaras. Mas, mesmo em uma estrada de terra próxima de sua cidade, a travessia de uma ponte velha e mal construída pode representar um belo desafio.
Se você está passando por determinada ponte pela primeira vez, faça uma inspeção. A madeira está em bom estado? Você pode notar se existem marcas de pneus indicando que alguém passou por ela recentemente? Que marcas são? De carros pequenos e leves, ou têm marcas de pneus grandes de caminhão ou trator? Será que por baixo dos troncos e tábuas velhas não há uma grande erosão que enfraqueceu a base de apoio dos troncos?
Evitando surpresas – Uma rápida análise pode lhe dar o diagnóstico da ponte suspeita. Após considerar que ela agüenta o peso de seu veículo, siga adiante em primeira marcha até colocar os pneus dianteiros em cima das tábuas e troncos, analisando o comportamento da ponte. Se sentir que o veículo não forçou demais a estrutura a ponto dela ranger a madeira velha ou se deformar com o peso, siga mais um pouco e tendo certeza da segurança vá em frente.
Se o piso estiver liso e escorregadio, como em estradas enlameadas e com chuva, faça a manobra evitando que um dos pneus escorregue para o lado, fato que pode travar o veículo em cima da ponte, ou pior, seguir direto para baixo. Se os pneus estiverem muito sujos e com os sulcos cobertos de lama, você pode ainda limpar ou até mesmo lavar os pneus, devolvendo sua capacidade de tração antes de tentar atravessar a ponte.
Estando acompanhado, solicite que a outra pessoa lhe oriente para uma travessia segura. Caso suspeite da capacidade da ponte, reforce com amarrações adicionais e estacas auxiliares.
Este texto foi escrito por: João Roberto Gaiotto, especial para o Webventure
Last modified: janeiro 4, 2002