Os remadores brasileiros Agnaldo Gomes e Christian Fuchs continuam a aventura remando de Recife até Fortaleza. No trecho, além das fortes ondas, os aventureiros tiveram até companhia de um tubarão e o susto de um pequeno furo no caiaque.
No dia 30, aproveitamos o mega café da manhã do hotel e fomos ao iate clube arrumar tudo. Na saída passamos no barco de Stan e Cora, um casal alemão, que estão viajando há 26 anos. Várias risadas!
Saímos do Porto às 10h e o vento já estava bem forte. Passamos abertos em Genipabu e fomos abrindo, para sair dos recifes e arrebentações que iam aparecendo. Estávamos surfando ondas grandes e o “expresso amarelinho” voando baixo de novo. Vimos tartarugas gigantes, como eu nunca tinha visto.
E para dar uma emoçãozinha extra, o Agnaldo viu uma barbatana negra passando como um torpedo pela gente. Era tanta onda, que o tutuba nem percebeu o caiaque… adotamos a remada “Horácio”.
O vento apertou ainda mais, já estava em 30 nós e quase começando a borrifar. Estávamos até evitando de surfar, pois as ondas estavam quebrando em cima de nós. Chegamos em Caraúba cedo e dormimos na rede, na praia.
Dia seguinte – Às 6h da manhã estávamos na água e o vento começou bem mais ameno. Resolvemos aproveitar as condições favoráveis e ver quanto conseguíamos andar em um dia. No final, foram 60 quilômetros.
Paramos às 8h da manhã em Zumbi e tivemos a maior torcida até agora: uns 20 caiçaras querendo saber um monte de coisas. Foi bem engraçado! Lá existem 62 geradores aeólicos.
Paramos no farol de Calcanhar para o almoço (o 3º maior do mundo), mas infelizmente não conseguimos ninguém pra deixar a gente subir. Na saída, com vento já bem mais forte, desvíamos de algumas pedras e tomamos um tranco de lado. Quando vi, tínhamos atropelado uma pedra submersa. Não pareceu que iríamos afundar, mas o caiaque estava fazendo água.
Fomos até São Miguel do Gostoso e encontramos um mecânico faz tudo, que conseguiu consertar o rasguinho de 3 cm que fizemos no casco. Tudo pronto para continuar a aventura.
Este texto foi escrito por: Agnaldo Gomes e Christian Fuchs
Last modified: agosto 1, 2007