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Trekkeiros de Piauí querem se reorganizar para enduro a pé voltar no próximo Cerapió

Redação Webventure/ Trekking

Tio Josean  (à dir) e competidores de enduro a pé no Piauí (foto: Cristina Degani/ www.webventure.com.br)
Tio Josean (à dir) e competidores de enduro a pé no Piauí (foto: Cristina Degani/ www.webventure.com.br)

Direto de Juazeiro do Norte (CE) – Foi uma surpresa para quem achou que este ano o Rally Cerapió, que tem 19 anos de tradição, não continuou com seu terceiro e novo esporte de aventura, o enduro a pé, que teve a primeira experiência em 2005. Mas, como a própria organizadora do evento Flavia Cordão adiantou ainda em Fortaleza, o número de equipes não compensava todo o gasto com a logística do evento.

“Eu também sou praticante de enduro a pé e tenho minha equipe, com a qual iria até competir”, disse Flavia. Mas as poucas equipes que se inscreveram não eram suficientes para bancar o custo de mais um evento paralelo, pois o Cerapió congrega rali de regularidade de carros, motos e quadriciclos, e ainda enduro de regularidade de mountain bike.

‘Tio’ Josean como é conhecido, estava na manhã de hoje em Sousa (PB), no parque dos Dinossauros, onde foi a largada dos competidores e explicou mais o porquê dessa desistência em manter o trekking de regularidade em 2006: “Acredito que seja também pela falta de cultura do piauiense de fazer op enduro a pé, que aos poucos nós acreditamos que se firmará na região”.

Ele próprio organiza o Campeonato Piauiense de Enduro a Pé e tentou montar nove etapas em 2005, prevendo 500 pessoas por etapa, porém conta que não teve o êxito desejado. Para ele, Erlich Cordão, organizador do Cerapió, deveria ter insistido na organização de pelo menos duas etapas, até com cunho promocional, uma em Fortaleza (CE), local de largada, e outra em Teresina, no Piauí, onde termina o Cerapió.

Paixão pelo trekking – Para Tio Josean, o enduro a pé será bastante promissor na região: “ele é um esporte totalmente natural, educativo, que não agride o meio ambiente. Eu mesmo me encantei com o enduro a pé depois de ter participado de 17 anos de Cerapió/ Piocerá correndo com motos”, confessa entre sorrisos.

O organizador não se importa de ser chato com os iniciantes ou curiosos no esporte no Piauí. Ele sabe que na região Sudeste atualmente o trekking de regularidade leva pelo menos 2 mil pessoas todos os fins de semana para competirem em algum lugar de São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Espírito Santo e até mesmo na região Sul e Estado da Bahia.

“Quem tem participado conosco, tem um elo muito bom com a gente e continua. Assim queremos que cada vez as pessoas conheçam o esporte e vejam nele um esporte social, fácil, divertido e no meio da natureza”, finaliza Tio Josean.

Este texto foi escrito por: Cristina Degani

Last modified: janeiro 26, 2006

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