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Trekking predomina e times desafiam resistência


Equipe Terra de Santa Cruz é recebida pela população no PC7 (foto: Luciana de Oliveira)

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Há três dias sem dormir, o navegador Hilton Coutinho fala do início da parte de orientação para a Terra de Santa Cruz

João Pessoa (PB) – Um dia de trekking. Assim foi este sábado para as cinco equipes que sobrevivem até agora ao Desafio Costa do Sol, corrida de aventura que faz parte do Circuito Brasileiro da modalidade (CBCA). Terra de Santa Cruz, Rosa dos Ventos e Papa Trilhas continuam na briga pela liderança. Todas passaram o dia encararam os quase 80km de trekking com muito mormaço, alta umidade e trechos com chuva.

O fator resistência começou a se destacar a partir deste ponto. Três equipes, entre elas a campeã de 99, Gravidade Zero, não tiveram forças para seguir adiante. As desistências aconteceram durante a madrugada, no PC 5, transição de mountain bike para trekking. O Posto de Controle, localizado numa escola de Caiçara, recebia atletas esgotados. “Não agüento falar. Só quero dormir”, dizia Disleide Silva, da Odisséia, pouco antes de ‘desmaiar’ de sono no PC.

Com nítida vontade de prosseguir na prova, mas “respeitando a opiniáo da equipe”, Leonardo Saraiva foi atendido por voluntárias do Grupo de Apoio em Busca e Salvamento (GABS) nas primeiras horas deste sábado, quando a Gravidade pediu resgate ao carro da organização. Ele caiu no asfalto e acabou ferindo levemente braço e mão. Fora tipos de incidentes comuns como esse – a lista inclui câimbras – nada de mais grave foi registrado.

Sem dormir – Odisséia e Adrenalina tentaram seguir incompletas, mas não resistiram ao trekking por área verde do interior da Paraíba, entre Guarabira e Rio Tinto. Foram necessárias 16h para que a primeira equipe, Terra de Santa Cruz, chegasse ao PC 7, o último antes do mangue. “Estamos tendo algumas dificuldades com a navegação, mas estamos indo bem. A estratégia é só dormir na madrugada de domingo”, explica Hilton Coutinho Jr, que não dorme há três dias. A Rosa dos Ventos foi a única das três mais rápidas a descansar ontem.

A expectativa é que os times que sobreviverem a esta “noite no mangue”, onde é preciso atravessar um rio e enfrentar enxames de mosquitos, só completem a prova na tarde de amanhã, com a canoagem até a praia de Jacaré. Por determinação dos organizadores, só é possível começar a remar às 5h de domingo, mas dificilmente os atletas conseguirão chegar tão cedo ao PC 10, última transição do Costa do Sol.

Este texto foi escrito por: Luciana de Oliveira