Visual da trilha do Bananal. (foto: Andrei Helayel Maia)
A trilha para o Costão e para o Bananal começa num terreno ao lado do Clube dos Engenheiros, em Itacoatiara, e tem uma placa alusiva ao Parque Estadual da Serra da Tiririca. Sobe-se beirando um muro e logo começa um curto ziguezague, que dura uns 20 minutos, até um pequeno platô onde a trilha se divide em três.
Para a esquerda, sobe-se o Morro do Elefante, mas esta trilha deve ser evitada, uma vez que ela é, na verdade, o leito de um rio temporário que se forma com as águas da chuva e está muito degradada! Seguindo-se em frente, começamos a descer e, em uns 15 minutos, chegamos ao Bananal. À direita, após atravessar um curtíssimo trecho de mata, damos de cara com uma enorme rampa de pedra. É o Costão. Mais meia hora de caminhada íngreme e chega-se ao seu cume.
Do cume, olhando-se para oeste, vemos as montanhas do Rio, o Morro das Andorinhas, parte da Região Oceânica de Niterói, as lagoas de Itaipu e Piratininga, bem como as praias de Itaipu, Camboinhas, Piratininga e, bem abaixo, Itacoatiara, com a sua Prainha no final. Virando-se para o leste, temos a imponente presença do Morro do Elefante, bem à nossa frente, e uma bela mata que chega até o mar, emoldurando, junto com as pedras, a Enseada do Bananal.
A Enseada do Bananal é uma “praia de pedras” que fica entre os enormes morros do Costão e do Elefante. Dizem que ali já foi um antigo reduto de nudistas. Mas o mais comum por ali são os pescadores que deixam suas bicicletas no início da trilha e seguem com seus caniços e lampiões.
Como Chegar:
Em Niterói, siga em direção à Região Oceânica, mais precisamente, para a Praia de Itacoatiara. Chegando na praia, vá para esquerda. Você estará de frente para o Costão. O Clube dos Engenheiros fica no final do asfalto.
A trilha começa num terreno à direita do clube. De ônibus (linha 38), partindo do Centro da cidade, leva-se uma hora para chegar à praia de Itacoatiara. Existe também uma linha (770) que sai da Praça XV, no Rio de Janeiro, e que leva umas duas horas.
Comentários:
O Costão é um enorme bloco granítico que, com sua vegetação rupestre, rende ótimas fotos e um trekking bem agradável. Não é muito comum, mas em noites de lua cheia, é um ótimo lugar para se acampar ao relento, desde que se leve água, comida e repelente.
Há ainda um trecho maior de vegetação que desce quase até o mar pela sua vertente voltada para o leste. Dá para chegar ao Bananal por ali. O lado voltado para Itacoatiara também é muito utilizado para escaladas e subidas em aderências.
Mas, talvez, a aventura mais emocionante no Costão seja um esporte suicida conhecido como “surfe na montanha”. Seus poucos praticantes sobem, a partir da areia da praia, até um pequeno “oásis” na rocha, que fica a uns 200m de altitude, e descem a pedra correndo, saltando e fazendo manobras em meio aos cactos e a uma inclinação que, em alguns trechos, beira os 90º!
São duas as grandes atrações do Bananal: mergulho e escalada, com um rapel de tirar o fôlego! Com suas águas claras, ainda livres da poluição, e com a enorme quantidade de rochas e lajes, o local é perfeito para um mergulho contemplativo, uma vez que a caça indiscriminada praticamente já acabou com os grandes peixes e com as lagostas do lugar.
Já para os adeptos da escalada e do rapel, as opções são muitas, mas as pessoas vão lá mesmo é para praticar nos diversos campos-escolas espalhados pela região ou para um rapel que já está ficando famoso no Brasil.
A beira mar, um enorme bloco de pedra com mais de 30m de altura se partiu formando uma garganta. No topo, a distância que separa as duas metades é pouco maior do que 3m e vai aumentando na medida em que se desce… até o mar! A sombria inclinação negativa da rocha, contrastando com o brilho que vem da água, e o vento constante aumentam a descarga de adrenalina!
Mas a Enseada do Bananal também tem um espaço reservado para aquelas pessoas que preferem apenas a emoção de uma boa trilha ou um banho de mar longe de multidões. É só ir lá e conferir!
O que levar:
Leve bastante água, protetor solar e, se for no verão, repelente contra mosquitos!
Melhor periodo:
Ano todo.
Este texto foi escrito por: Webventure
Last modified: fevereiro 15, 2001