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Tudo pronto para os seis dias de Brasil Ride na Chapada Diamantina


Atletas terão surpresas antes da prova (foto: Divulgação)

Organização fazendo os últimos acertos, atletas do Brasil e de fora chegando à Bahia. Muita expectativa sonda a cidade de Mucugê, na Chapada Diamantina (BA) para a primeira edição da Claro Brasil Ride, que acontece entre os dias 14 e 19 de novembro. Mário Roma, organizador da prova, admite a ansiedade e afirma que é preciso ter coragem para encarar a primeira ultramaratona de mountain bike realizada em território nacional.

Roma revela que, a partir de agora, é só começar a contagem regressiva para a largada dos competidores. “A prova é uma caixinha de surpresa. É a primeira vez que acontece uma competição desta envergadura no país, então a cada minuto é uma novidade. É uma emoção mesmo. Faltam poucos dias, a estrutura está quase pronta e na quinta-feira (11) já chegam os atletas internacionais em Salvador”, empolga-se o organizador.

Houve duas razões para a realização da competição no Brasil, mais especificamente financeira e passional. E, para Mário, uma dose de coragem e loucura garantirem a concretização da prova. “Sempre quisemos fazer uma prova no Brasil, pois toda vez que competíamos fora, os estrangeiros perguntavam quando teria uma prova aqui. Não tem como chamar os atletas para vir ao Brasil e participar de provas de quatro horas, o custo é muito alto e não compensa. E quando fui fazer um treino no Chile, o dólar subiu, tudo era praticamente o dobro do preço; então me convidaram para pedalar na Chapada Diamantina, e logo me apaixonei e decidi fazer a prova de ultramaratona aqui, com custos acessíveis para todos, e em uma semana”, explica.

Estrutura – Com 80 mil litros de água disponível, suporte técnico, tenda para diversos atendimentos e alojamento, os atletas precisam somente se focar na competição. “É muita coisa, uma infra-estrutura que o mountain bike nunca viu”, disse Roma, que conta com experientes profissionais para montar o percurso da prova, como Flávio Ito, o Gonga, organizador do Big Biker, além de Rafael Campos, atleta de corrida de aventura.

Os atletas ficarão alojados em barracas oferecidas pela organização da prova. Toda a estrutura será itinerante, acompanhando o andamento da prova. “Já tem pessoas há dois meses trabalhando aqui, totalmente envolvidas. Agora eu descobri que realmente é muito mais fácil competir do que organizar uma ultramaratona. Até mesmo o responsável pelo Cape Epic disse isso, e ele virá para cá”, contou.

A prova é em duplas e os atletas, divididos nas categorias Open, Feminina, Mista e Máster vão encarar cerca de 565 quilômetros nas regiões inóspitas da Chapada Diamantina, pedalando por horas a fio. Roma, experiente ultramaratonista de mountain bike, encara provas desde 2003 e admite uma grande admiração nos atletas do Brasil e estrangeiros por encarar o desafio com tanta vontade.

“Admiro-me muito com a coragem das pessoas em vir participar, pois lembro da primeira vez que corri uma ultramaratona, em 2003. Tinha dores de barriga o dia inteiro antes, não sabia o que ia encarar, o que comeria, onde dormiria. Eu sei, na pele, quanto isso desafiador. Todos estão vindo para a Chapada Diamantina descobrir o que há nesta prova brasileira. Afinal das contas, imagine ir para Mucugê, uma pequena cidade, no meio da Chapada! Tem que ser corajoso mesmo, ter espírito desbravador. Quando competi a primeira Cape Epic e pensei duas vezes antes de ir, se tudo daria certo. Tudo isso é o espírito da prova, da ultramaratona”, revelou.

Roma explica que, para encarar uma ultramaratona, é preciso ter uma forte preparação mental, além da física. A Claro Brasil Ride terá a terceira maior etapa de uma prova como esta, com 140 quilômetros; as etapas mais longas de mountain bike aconteceram na TransRockie (143 km) e Cape Epic (141 km). O preparo mental também deve estender-se aos atletas amadores. “Todos os competidores largarão em comboio por alguns quilômetros e isso obviamente dará uma adrenalina e os amadores vão querer desfrutar de andar com essa turma experiente. Mas os ritmos são completamente diferentes, quando acham que estão bem, andando ao lado dos 10 melhores do mundo, estão bem acima do ritmo, o que acaba desgastando, enquanto os atletas estão apenas aquecendo”, disse o organizador, que destacou o convívio intenso durante uma semana e o intercâmbio cultural.

Destaques e surpresas – Já no local da prova desde a última semana, Mário Roma revelou que a prova terá algumas surpresas. “Para a alegria geral, a última etapa da prova terá mais 50 quilômetros. E durante a abertura da competição, faremos mais algumas revelações-surpresas”.

Entre os competidores há atletas nacionais e estrangeiros, Top 10, vencedores de Cape Epic e corredores de aventura. Roma sabe das dificuldades da prova e prefere não apontar favoritos. “Os melhores homens e mulheres do Brasil e de fora estarão aqui, e grande maioria já esteve em uma ultramaratona. Têm brasileiros também que nunca competiram uma prova longa. Por exemplo, o Edivando Souza me ligou semana passada perguntando em relação à logística, perguntando sobre tudo. Ele está com tanta vontade e isso me anima. E vamos ver quais atletas se adéquam a essa modalidade, e correr em casa é uma grande vantagem. Para mim, todos são favoritos e vencedores aqui. Realmente eu estou admirado com a coragem de todos, me dá um grande orgulho”.

Cobertura – O Webventure prepara uma grande cobertura para a prova, com notícias e informações em tempo real, além de galeria de fotos e vídeos direto da Chapada Diamantina. Não deixe de acompanhar!

Este texto foi escrito por: Bruna Didario