Imagem da primeira travessia realizada em 2001. (foto: Arquivo pessoal)
A Volta a Ilha de Santo Amaro, marcada para este fim de semana (29 e 30/03), em Santos (SP), é a primeira prova de longa distância de canoa havaiana de 2003 e promete ser muito disputada. Dois anos depois que foi realizada a primeira travessia de canoa havaiana no Brasil, na Barra do Sahy, no litoral norte de São Paulo (leia relato), 10 equipes irão enfrentar o desafio de percorrer 80 km em volta de Santo Amaro.
Na prova de 2001, a equipe campeã, o Paulistano, precisou de 9h37 para cumprir o percurso. Agora, as equipes, que contarão com a presença em massa de atletas de corrida de aventura, vão precisar não só de força, garra e perseverança, mas de uma estratégia eficiente para conseguir uma boa colocação na competição mais longa feita até hoje nesta modalidade no Brasil.
A prova longa – Diferente das provas curtas, as de longa distância exigem muito mais resistência e controle mental dos atletas. Também são o tipo de competição onde muitas coisas podem dar errado. Portanto, além de ter preparo físico, é preciso entender sobre tábua de marés, correntes, ventos. E aliar tudo isso à estratégia do revezamento, uma vez que cada time será formado por 9 atletas, sendo que 6 estarão remando constantemente.
Cada equipe tem a sua estratégia de treino, mas a preparação para este tipo de prova é bem específica. Antes de remar longas distâncias, os atletas precisam estar em completo sincronismo, atingindo o torque ideal. Além disso, é necessário que todos exerçam o maior momento de força exatamente juntos para que a embarcação tenha a sua maior potencialidade de deslize.
Pode até parecer uma coisa simples num primeiro momento, mas não é, principalmente em se tratando de uma remada de 80 km.
A preparação – A preparação para uma remada de longa distância vai de cada equipe. Normalmente se faz treinos preparatórios com 3 a 4 horas de duração, além de treinos mais curtos e fortes, sempre lembrando que a utilização de isotônicos, carboidratos em gel, água e outras fontes de reposição são essenciais a este tipo de prova.
A isso ainda alia-se a performance do leme, ou seja, o remador número 6, que terá o controle da direção da canoa e a “responsabilidade de criar” o melhor roteiro.
A prova do dia 29 promete ser a mais disputada porque as equipes estão extremamente equilibradas, com remadores experientes de canoa havaiana, caso da atual campeã Paulistano, da Equipe dos Bombeiros, na Vip Shop, do Paulistano New Cad e da PBL. Elas ganharam reforços de experientes e resistentes atletas de corrida de aventura vindos de times como a Quasar, a Atenah, além de Carmem Silva, Pietro Carlo e Said Aiach Neto.
Uma coisa é certa: o grande vencedor desta prova já é o próprio esporte, que atrai cada vez mais competidores, praticantes e simpatizantes. Um esporte que é a cara do nosso país e que tem como filosofia o esforço conjunto, a união acima de tudo e a preservação da natureza. Boa sorte a todos e dá-lhe canoa havaiana!
Este texto foi escrito por: Roberta Borsari