ABN AMRO 1 já no porto de Williamstown (foto: Divulgação/ VOR)
Direto de Melbourne – Procurar para ver se existem problemas estruturais no ABN Amro 1 e 2 e medir a extensão da eventual gravidade não é um problema fácil. Pode, no entanto, ser tão simples quanto um membro da equipe dar a volta ao barco batendo com um martelo escutando se existe diferença. Na verdade, diz o manager do projeto técnico Bem Wright, existem equipamentos mais sofisticados à disposição que podem fazer um mapeamento acústico automático do casco. Esse mapeamento pode depois ser visto em uma tela de computador para detectar quaisquer imperfeições com a laminação. Existem muitos outros testes, incluindo aquecer o interior do barco em um dia frio e então usar equipamento de imagem térmica para ver como está funcionando o isolamento.
O ABN Amro 1 também teve alguns problemas com os seus lemes duplos, mas isso agora foi corrigido com a volta ao par que estava no barco antes do início da prova em Sanxenxo.
Uma preocupação, para todas as equipes, no momento é com os parafusos da mastreação. É um componente de titânio, muito importante que vai do mastro ao tombadilho. A quebra de um deles acredita-se que tenha causado a quebra do mastro do Brasil 1 e é um notícia alarmante para os outros barcos que estão usando o mesmo kit, do mesmo fabricante. Felizmente nos dois barcos do Team ABN Amro o pino que segura o parafuso ao tombadilho é montado de tal maneia a permitir uma pequena articulação para frente e para trás, ao contrário da montagem dos barcos concorrentes. Por segurança Bem Wright testou os seus parafusos por Raio-X e ultra-som e eles estão em ordem.
Volvo 70 ilegal – Existe um esforço feito no momento pelos organizadores da prova para assegurar que todos os barcos estejam de acordo com as regras de medição dos Volvo 70. Isso requer, por exemplo, que todos os barcos sejam pesados em Melborune e precisam estar dentro do limite de 30kgs do peso medido no início da prova em Sanxenxo. A maioria dos barcos acredita-se que estejam com ou perto de 14 toneladas que é o peso máximo permitido pela regra.
Amos os barcos serão colocados na água nesta terça-feira em Melbourne e completaram com sucesso as suas medições. Enquanto o ABN Amro 2 manteve o mesmo peso original, as modificações no ABN Amro 1 o fizeram ligeiramente mais pesado e portanto um pouco de chumbo teve que ser retirado do seu bulbo para voltar ao peso limite original. Ms isso tudo é bom. Acho que foi um ganho para nós comparando com os outros barcos que estiveram arrancando pedaços,disse Bem Wright.
Faltando uma semana para a prova in-port em Melbourne, Roy Heiner o Diretor Técnico de Vela do TEAM ABN AMRO e quem iniciou esta campanha, chegou a Melbourne. Com o ABN Amro 1 com 29 pontos e o ABN Amro 2 com 24 e o competidor mais próximo, Movistar, com 15,5 pontos é difícil imaginar como a equipe poderia estar indo melhor.
É fantástico, concorda Heiner. Está indo de acordo com o plano eu diria, pelo menos o tanto que pode ser planejado. Mas o caminho pela frente ainda é longo.
Concorrência – Será que os barcos de projeto Farr (todos os outros menos o Brunel) terão uma chance de alcançar? Espero que a competição seja mais acirrada. Vai ser bom para a prova. Eles vão aprender muito. Eles têm muita experiência na água. Eles vão alcançar. Algumas coisas ainda vão quebrar. Espero que no momento que eles estiverem alcançando as suas velocidades máximas seja perto do final da prova quando não vai mais importar tanto. É este o plano. Se o vento ficar muito fraco, talvez a prova tivesse acontecido. São muitos pontos ainda que restam para ser conquistados.
Este texto foi escrito por: James Boyd, do Daily Sail
Last modified: fevereiro 1, 2006