Juca Bala começou a carreira com 24 anos (foto: Fábia Renata)
Quem ouve falar de Joaquim Gouvêa Rodrigues hoje, campeão da categoria Super Production no rali Paris-Dakar, no Rally Internacional dos Sertões e agora, campeão por antecipação do Campeonato Brasileiro de Rally Cross Country, nem imagina que o famoso Juca Bala nem sempre andou montado em uma moto.
Cavalo x moto – Nascido em uma família que tinha tradição no hipismo, Juca Bala gostava mesmo era de bicicross. Daí para as motos foi um pulo. Assistia às corridas de moto e um dia deu um jeito de arranjar a sua.
Troquei um bom cavalo por uma velha moto, revela o piloto. Foi assim que começou sua carreira, em cima de uma DT que mais quebrava do que andava. Os familiares uniram-se e resolveram ajudar o garoto que adorava motos; fizeram uma rifa e compraram uma CR 250.
Juca acha que começou a pilotar muito velho, com 24 anos, e considera-se no auge de sua carreira, hoje, com 36 anos. Pretende correr até os 40 e, depois, montar uma escola de pilotagem em São Roque, onde vive com a mulher e os filhos. Esta escola, diz Juca, será um local completo para atender aos pilotos e com lugar até para guardar as motos.
Na 6ª etapa do Campeonato Brasileiro de Rally Cross Country que aconteceu na sexta-feira (12/10) Juca Bala ainda estava disputando a liderança do campeonato. Disse que a trilha tinha situações perigosas, não teve problemas com a sinalização e Tiago Fantozzi, com quem disputava a ponta, caiu e ficou fora das duas etapas do feriado. Assim, na etapa de sábado, Juca já era campeão e fez a prova no seu ritmo.
Balanço – Fazendo um balanço deste ano de 2001, Juca Bala considerou o ano bom, apesar de ter perdido o primeiro lugar no Rally dos Sertões. Foi muito ruim, fiquei muito abalado. No Paris Dakar nunca perdi um PC, lamenta. Mas, com o apoio da sua equipe, a BR Lubrax, se animou de novo e correu a rali até o fim.
Daqui há pouco mais de dois meses, Juca estará participando pela 4ª vez do Paris-Dakar, com uma boa bagagem de experiência e com tudo para segurar o bi-campeonato da super production até 400cc. Parte para o rali com outro ânimo e com mais vontade de vencer.
Este texto foi escrito por: Fábia Renata