Foto: Pixabay

Um dia no escritório Celta Rally 1.4

Redação Webventure/ Offroad

As especiais serão cheias de mata-burros (foto: José Mário Dias)
As especiais serão cheias de mata-burros (foto: José Mário Dias)

Direto de Divinópolis (MG) – As duas duplas do Chevrolet Power Team Rally estão dispostas a manter seus dois Celta 1.4 Rally onde estão desde o início do Campeonato Brasileiro deste ano: na liderança absoluta. O desafio deste sábado é inteiramente novo em termos das especiais, que nunca fizeram parte de uma prova do Brasileiro de Velocidade. São apenas três delas, mas que somam 46.92 Km de comprimento e que serão percorridas 3 vezes cada uma. No total 140,76 Km de trechos cronometrados para serem percorridos em um dia apenas. Para se ter uma idéia mais precisa, as provas do Campeonato Sul-americano de Rally de Velocidade, aquelas que geralmente são as mais longas, percorrem entre 150 e 160 quilômetros em dois dias. Trabalho triplicado para pilotos e navegadores que na última sexta-feira percorreram (com carros comuns, já que os preparados para rally não são admitidos nesta fase) cada um dos trechos por quatro vezes. Na primeira delas andaram devagar e anotaram as dificuldades das curvas e do piso. Na segunda andaram um pouco mais rápido para conferir o julgamento feito da primeira vez. A terceira “passada”, como são conhecidas, é reservada para ir um pouco mais rápido em um ritmo apenas 30% abaixo do que vão usar na prova. É essa passagem, esse dia no “escritório” que tivemos oportunidade de acompanhar com a dupla Bernardo Koller/Sidinei Broering e é sobre ela que contamos a seguir

Especial 1 Lopes
Oito quilômetros percorridos em oito minutos depois de cruzar oito mata-burros, fazer 28 curvas à esquerda e 26 à direita, dar algo em torno de uns oito saltos, tentar desviar de oito milhões de pedras e evitar um gato preto (com oito vidas?) que cruzou da esquerda para a direita o que é, ao contrário do cruzamento na direção oposta, um sinal de bom agouro. É um sobe e desce constante, mas suave que acompanha as colinas de Minas (e não as montanhas pelas quais o Estado é conhecido) da região da Ermida (apelido da cidade de Santo Antonio dos Campos), atravessando os pastos usados pelo gado da terra. O piso até que é bastante bom nessa primeira especial o que, aliado a algumas retas mais longas, produziu essa média de 60 km/h. Só como comparação, no dia da prova a expectativa é que os Celta Rally 1.4 façam uma média de 80 km/h! Haja carro para isso.

Especial 2 Serra Calçada
21,57 Km percorridos em 22,24 minutos. A média foi mais baixa apesar do índice de mata-burros por quilômetro ter diminuído já que cruzamos apenas 18 deles. Em compensação aumentaram as curvas que agora são 75 para a esquerda e 76 para a direita e ainda existe a Serra Calçada (daí o nome da especial) um trecho em subida com um calçamento de pedras, uma espécie de paralelepípedo antigo. O piloto (Bernardo) e o navegador (Sidinei) do Ceta Rally 1.4, número 11, mostraram porque é que têm os resultados deste ano (2º e 1º em duas provas disputadas), funcionam em sincronia perfeita e fizeram apenas quatro correções nas suas avaliações anteriores.

Especial 3 Olaria-Rua Grande
O nome pode parecer simples já que nada mais é do que os nomes dos locais de início e término. Na realidade não poderia ser mais complicada. São 17,35 km (que foram percorridos em 20 minutos) de estradas estreitas em um terreno cheio de desníveis e um piso que insiste em fazer brotar pedras e buracos. O número de mata-burros volta a subir e eles chegam a 17 e por sua colocação obrigam a que sejam cruzados com ainda maior prudência. Um deles, inclusive, fica logo antes de uma curva de 90º que desvia de um açude! Especial “quebradeira”, especial mais para “cross country” são apenas alguns dos adjetivos para que também a outra dupla do Chevrolet Power Team Rally, Ulysses Bertholdo/Armando Miranda do Celta Rally 1.4, número 12 (uma vitória e um 2º lugar este ano, completando o domínio Celta), faz questão de usar na hora do “briefing” final do dia.

De uma maneira geral neste sábado, durante a prova, os quilômetros vão parecer mais curtos, as curvas mais difíceis, o piso mais traiçoeiro, o calor maior, os mata-burros mais impossíveis e a “População Celta” (já são 4 os Celta Rally 1.4 presentes) mais valente ainda.

Este texto foi escrito por: Carlos Lua, Assessoria do Chevrolet Power Team Rally

Last modified: maio 31, 2008

[fbcomments]
Redação Webventure
Redação Webventure