Henry Freitas passou por maus bocados por causa de uma “van maldita” ao tentar fazer a Trilha do Ouro, na Serra da Bocaina. Conheça essa história de um ‘trekking forçado’ que Freitas relata para a Webventure.
No feriado de Corpus Cristi, em junho de 1998, depois de muito nos prepararmos para fazer a sonhada Trilha do Ouro, na Serra da Bocaina, eu e um grupo de 10 amigos saímos do Rio de Janeiro, em uma van que alugamos para nos levar até a entrada do Parque.
Chegamos a São José do Barreiro por volta das 13h. Paramos para fazer um lanche e, às 14h, iniciamos a subida dos 26 km que nos separavam da entrada do Parque.
Após 40 minutos de subida, chegamos a um ponto da estrada com muitas pedras. Vendo que seria difícil para a van ultrapassá-lo, sugeri que saltássemos e fossemos a pé aquele trecho de aproximadamente uns 500 metros.
Supresa! – Saltamos e deixamos que a van seguisse em frente para nos esperar mais adiante. Tivemos uma triste surpresa, 500 metros acima: a van não estava lá! Nos animamos e resolvemos andar até a próxima curva, onde com certeza deveríamos encontrá-la. Mas a maldita van não estava… Resumindo: tivemos de subir até a entrada do parque a pé, sem água, sem comida, e sem agasalho. Chegamos à portaria aproximadamente às 19h. Segundo nos disseram os guardas, nós devíamos ter percorrido mais ou menos 18 km e a temperatura já estava em torno de 6 graus.
A van estava estacionada lá. E o motorista, cara de pau, disse que não pôde nos esperar, pois a van não ia conseguir subir conosco. Durante a noite, constatamos que antes de começar a caminhada nós já estávamos cansados e a travessia da Trilha do Ouro teria de ficar para outra vez.
Somente no feriado de Finados, em novembro do ano passado, é que finalmente consegui, junto ao meu amigo Ricardo de Almeida Bastos, transpor a “muralha” da Serra da Bocaina. Dessa vez fomos de ônibus até São José do Barreiro, e lá alugamos um Fusquinha para chegar ao Parque. De van, nunca mais!!!
Este texto foi escrito por: Webventure
Last modified: maio 17, 2000
