Direto de Petrolândia (PE) – O trecho mais difícil do Brasil Wild Extreme até o momento para as equipes que continuam na briga na corrida de aventura que atravessa Bahia, Sergipe, Alagoas e Pernambuco foi entre o PC8/AT4, em Caraibeiras (PE) e o PC9/AT5 Petrolândia (PE), numa perna de mountain bike.
O forte calor, sol intenso dificultou ainda mais o que já era difícil: subir uma serra e atravessar uma grande estrada de areia que afundava as bikes e não permitia que os atletas pedalassem. Era necessário carregar as bicicletas.
Antes do início da prova, Márcio Campos, capitão da Selva destacou a união, animação e vontade dos atletas da equipe de estarem juntos no desafio e de completarem a prova. E isso não mudou diante dos perigos da perna de bike que enfrentaram em terras pernambucanas.
São nessas horas difíceis que isso se destaca, porque você fica estressado, cansado e você consegue um apoio numa conversa com um ou com outro da equipe. Se você está numa equipe que você pode confiar é mais fácil. Sempre tem alguém que está melhor que o outro nos trechos, e esse que está melhor sempre está disposto a ajudar quem está pior, explicou Márcio no PC9.
Sobre o estado psicológico dos atletas nesses momentos, o capitão conta que é preciso se apoiar em certos pensamentos positivos. Durante o percurso entre Caraibeiras e Petrolândia, a Selva pensava somente em terminar logo para conseguir água.
Deu um pouco de vontade de parar, mas a gente estava sem água e sem comida, então não ia adiantar nada. Precisávamos terminar, explicou.
Descanso e Lucidez – Márcio Campos e sua equipe descansaram por quase duas horas no PC9 para seguir adiante para pernas de canoagem, bike e trekking, a parte mais esperada da prova o Raso da Catariana.
Dormimos, descansamos, colocamos a cabeça no lugar porque agora é a parte mais difícil de todas. Temos que estar lúcidos para encarar isso, destacou o capitão.
A equipe Selva foi uma das 16 equipes que conseguiram passar pelo PC9 antes do primeiro corte da prova, que aconteceu às 5h30 desta quinta-feira (10).
Este texto foi escrito por: Lilian El Maerrawi