Camila já treina na Nova Zelândia para a Coast to Coast 2011 (foto: Arquivo Pessoal Camila Nicolau)
O Brasil terá apenas uma representante neste ano na tradicional corrida de aventura Coast to Coast, mas ela promete fazer bonito na Nova Zelândia. Mesmo com intenções modestas, de apenas terminar a dura prova, Camila Nicolau já vem treinando em território neozelandês há mais de um mês e chega credenciada pela sua boa colocação em 2010, quando foi sétima.
Estou aqui (na Nova Zelândia) desde o dia 20 de dezembro. E treinando muito desde antes, no Brasil, contou a atleta, campeã do Brasília Multisport em 2009, título este que rendeu a sua participação no Coast to Coast 2010. Os treinos aqui são bem puxados devido às condições climáticas: muito seco, muito vento, chuva, frio, calor. E também tenho feito treinos num percurso que exige muita técnica, afirmou Camila.
Neste ano, além da prova de dois dias, a brasileira se superará ao também disputar a corrida de aventura de um dia, na véspera da prova principal. Nada que tire a disposição da atleta para completar ambas as provas. Como no ano passado o percurso original foi cancelado e acabamos não tendo a corrida de montanha e a canoagem no rio, espero esse ano poder correr o percurso original, comentou ela.
A boa expectativa para a prova, porém, não pode gerar ansiedade. E por isso Camila evita projetar um possível resultado na Nova Zelândia. Antes de pensar em alguma colocação, vou encarar a prova como meu primeiro Coast to Coast, sem muita preocupação em ficar bem colocada. Acredito que fazendo uma boa prova terei uma boa colocação, disse.
Dificuldades à vista – Em sua 29ª edição, a ser disputada nos próximos dias 10, 11 e 12, a Coast to Coast mantém a tradição de ter um percurso longo e cheio de dificuldades. Saindo da costa oeste e chegando à lesta da Ilha Sul da Nova Zelândia, serão mais de 240 quilômetros de percurso, entre trechos de bike, corrida, trekking e canoagem. Camila sabe bem dos percalços da prova, e reconhece a sua dureza.
Acho o Coast to Coast a prova mais difícil do mundo! Além de longa – é maior do que o Ironman -, é extremamente técnica. A corrida de montanha é a corrida mais desgastante que eu já fiz na vida, e o rio, apesar de não ter uma graduação alta, são quase cinco horas sem paradas com um trecho enorme de cânion, descreveu a brasileira, que terá a concorrência de aproximadamente 200 competidores na prova de um dia e mais 600 na corrida de dois dias.
Este texto foi escrito por: Rafael Bragança