ABN Amro 1 sai da água na Marina da Glória (foto: Daniel Costa/ www.webventure.com.br)
Direto do Rio de Janeiro (RJ) – Hoje as equipes de terra trabalharam para retirar os veleiros da água. O Ericsson é o único que ainda não saiu do mar. A operação leva cerca de uma hora e é feita com um dos maiores guindastes do mundo, com capacidade para 400 toneladas (só existem quatro modelos desse tipo no Brasil). Primeiro o mastro é retirado, depois os veleiros são içados e levados até o suporte em que ficarão até voltarem para a água, dois dias antes da in-port race.
Daqui para frente os velejadores estão liberados para as breves férias e as equipes de terra começam o trabalho para revisão e reparo dos veleiros. No Brasil 1, a única urgência são os cilindros do sistema hidráulico da quilha. Um precisa de revisão e o outro será reparado, pois está vazando. As peças serão encaminhadas hoje para a Itália e voltam em uma semana.
George Blake, chefe de logística da Volvo Ocean Race, é quem coordena a retirada dos veleiros da água. É a primeira vez que temos tantos barcos juntos na mesma hora. As outras pernas eles chegaram com mais tempo entre um e outro. Tirá-los da água é um momento bem delicado, parece um jogo de quebra-cabeça, comentou Blake.
Espaço – Segundo ele, a Marina de Glória tem o espaço justo para os barcos. Deu exatamente certo, estamos o limite, se tivéssemos uma flotilha maior teríamos problemas em organizar os barcos aqui, comentou.
Cada time tem sua equipe de terra, responsável pela retirara dos veleiros, manutenção e reparos. Tem os projetistas, fabricantes de velas, especialistas em eletrônica, em mastro. São vários tipos de especialistas para dar suporte aos barcos, explicou.
Entre a in-port race e a partida para a próxima perna, rumo aos Estados Unidos, os veleiros não devem ser retirados da água. Apenas em caso de eventual quebra. O único que voltará com certeza é o Movistar. A equipe de terra terá muito trabalho para fazer o veleiro ficar bom de novo para a próxima perna, concluiu.
Nas outras equipes não há muito o que fazer. Sidney Gavignet, do ABN Amro 1 afirma que o veleiro não sofreu nenhum dano grave na vinda para o Brasil. Cada vez menos temos coisas para arrumar no barco. Ele está ficando cada vez mais resistente. Não tivemos problemas na vinda para cá, disse. Os veleiros poderão ter velas novas a partir dessa perna, o que não podia até o Brasil. O Stopover do Rio de Janeiro é considerado a metade da regata e a organização autorizou a troca das velas antigas.
Este texto foi escrito por: Daniel Costa
Last modified: março 12, 2006