Veleiros prontos para partir na Cidade do Cabo (foto: Divulgação/ VOR)
Os sete veleiros da Volvo Ocean Race estão prontos para mais uma perna da volta ao mundo. Dessa vez, para uma das mais esperadas etapas da viagem, nos Mares do Sul, onde vão enfrentar as piores condições da prova.
Mas a saída, pelo menos, será com ventos de 15 a 20 nós, com rajadas de até 25. Logo depois os velejadores irão encontrar ventos calmos, barrados pela Table Mountain. Logo de cara a melhor estratégia irá fazer diferença. As primeiras dificuldades começam ao contornar o Cabo da Boa Esperança, com mar crespo e ventos fortes.
Para os próximos dias a previsão é de um vento mais fraco, o que vai obrigar os veleiros a rumar o máximo para o sul. Porém, com a grande quantidade de icebergs próximos da Antártida, a organização mudou a rota da flotilha, que terá de viajar alguns graus a menos para o sul.
Pontuação – Também por causa da mudança, o sistema de pontuação está diferente. O primeiro portão de pontuação será ao crizar o meridiano das ilhas Crozet e o segundo na região das ilhas Kergulen, o que vai obrigar os veleiros a irem para o norte em algum momento.
Os perigos no caminho causaram ansiedade e apreensão entre os tripulantes. É fácil pensar ser o dono do mundo quando estamos no deck, mas chegar lá e encontrar icebergs do tamanho de ilhas da Cidade do Cabo faz pensar o que nós estamos fazendo!, disse Mike Sanderson.
Tem que ser realista. Nenhum veleiro é cem por cento isso não existe. Estes ainda são mais táticos, mais complicados, mais rápidos, mais leves e menos robustos. Por isso acho que temos que partir para os Mares do Sul com uma certa cautela. Colocamos muita pressão em nós mesmos devido a nossa natureza competitiva para vencer essas pernas e para ir tudo bem com o barco tem que ser bem severo, disse o comandante Neal McDonald, do veleiro da Ericsson.
“Estamos prontos para velejar em qualquer circunstância. O barco já provou que é resistente, que pode enfrentar mais este desafio”, disse o comandante do Brasil 1 Torben Grael. “Neste tipo de competição, temos de comer o que estiver na mesa”, conclui.
A perna está marcada para terminar no dia 16 de janeiro em Melbourne, na Austrália. Lá a prova fica mais um mês, para depois seguir rapidamente até Wellington, na Nova Zelândia, e depois vir para o Rio de Janeiro.
Este texto foi escrito por: Redação Webventure