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Velejadores brasileiros selecionados pelo Team ABN Amro dão curso de nós e clínica de Vela

Direto do Rio de Janeiro (RJ) – Mais ou menos nesta mesma época no ano passado, em Portimão, Portugal, esperançosos jovens velejadores do Brasil, Estados Unidos e Holanda passavam pelo exigente e minucioso processo de seleção que daria a seis deles uma vaga no ABN Amro 2. Entre os brasileiros, estava Maurício Baptista, que foi preterido na primeira seleção em Portugal.

Um ano se passou e Maurício, junto com Bruno Stillner e Lucas Andrade, que também se inscreveram para a seleção, voltaram a fazer parte da equipe no stopover do Rio. “Agora lideramos as clínicas de vela e de nós, e as visitas na garagem dos barcos”, explica Maurício.

É claro que não só estes três selecionados, mas todos os que se inscreveram e chegaram muito perto de um lugar, sentem uma grande frustração por não ter conseguido um dos dois lugares no monocasco mais veloz do mundo. “É um sentimento dúbio estar aqui e ver um amigo tão chegado como o Lucas Brun ter alcançado este sonho e eu não. Ao mesmo tempo estou muito feliz por ele estar abrindo mais caminhos para a vela no Brasil”, conta Maurício.

A campanha – Sem exceções, todos os selecionados afirmam que a iniciativa do ABN Amro de dar chance a novos talentos vai contribuir no futuro quando outro patrocinador participar de uma campanha como esta. “É a prova que com as mesmas ferramentas, treinamento e condições de trabalho é possível criar um barco vencedor com velejadores jovens”, explica Bruno.

Como instrutores das ‘clínicas de velas’, das ‘clínicas de nós’ e das visitas guiadas ao boatyard, os velejadores explicam o que é a realidade desta prova.

“As pessoas se assustam não só com os barcos, que são de tirar o fôlego, mas com toda a logística envolvida na prova. Eles saem daqui sabendo que a Volvo, na verdade, é um grande, sério e harmonioso projeto de logística. No fim eles reconhecem que a realização desta prova é uma combinação de trabalho em equipe, determinação e muito, muito trabalho”, conta Bruno.

Além de despertar a curiosidade dos visitantes, especialmente crianças de escolas públicas, para a cultura da vela, os cursos rápidos de nós e de vela trazem o esporte para o dia a dia. “Nós ensinamos a fazer nós utilizados em barcos de regata e de cruzeiro que podem ser facilmente usados em casa para amarrar varais, prender bagageiros de carros ou içar coisas”, conta Lucas. “As pessoas ficam maravilhadas quando descobrem que com meia horinha de treino já estão aptas a fazerem nós fortes e úteis sozinhos”.

Este texto foi escrito por: Cleo Petry-Ferreira, editora do site do Team ABN Amro