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Velejadores do Brasil 1 comentam a perna


Brasil 1 na terceira perna da Volvo (foto: Divulgação/ VOR)

Uma mini-perna de pouco mais de 1.200 milhas, mas que valeu muito para o Brasil 1, principalmente para retomar a confiança no veleiro depois das quebras da última perna. O barco enfrentou ondas grandes e diversos tipos de vento e se saiu muito bem.

“O que nos deixou mais contentes foram as condições difíceis que o barco agüentou. Nos deu mais confiança para a próxima perna. O barco se portou de maneira impecável, mostrou velocidade, enfrentou muitas ondas, bateu muito e não aconteceu nada”, avaliou o comandante Torben Grael.

“Quando você perde o mastro, é claro que fica desconfiado. Não exige tanto, vai com calma. Sempre pensa que pode acontecer mais uma vez. Essa etapa serviu justamente para acabarmos com essa desconfiança e voltarmos a velejar o Brasil 1 com tranqüilidade”, completou o timoneiro Chuny Bermudes.

O quarto lugar da equipe também provou uma boa estratégia na perna, trabalho do navegador Marcel van Triest e do comandante Torben Grael, conhecido por ser um ótimo tático. Assim que os veleiros saíram para mar aberto, o Brasil 1 ficou mais ao norte da rota, o que parecia sem sentido por ser uma região com pouco vento. Um dia depois todos os veleiros rumaram mais para o norte e com a perda de tempo na manobra dos adversários o Brasil 1 ganhou uma posição.

Acidente – No primeiro dia da perna uma onda gigante varreu o convés do Brasil 1 e feriu Torben Grael. O comandante foi jogado e caiu em cima da mão direita, luxando o dedão. Hoje ele fará um exame de Raio-X em Wellington, mas na mesma hora do acidente já foi tratado pelo médico a bordo, João Signorini. O dedo dele estava como um ponto de interrogação, mas consegui colocar no lugar. Foi tranqüilo. E dei o remédio certo, eu acho. Ele não sentiu dor e agora já está até voltando a mexer”, contou Joca.

“No calor da competição, estávamos sem cinto e uma onda enorme varreu o convés e arrastou o Andy e o Kiko, que até entortaram um poste. Quando caí, acabei deslocando o dedão. Fiquei apreensivo porque estamos indo para o Brasil e pensei que tivesse quebrado o dedo. E nunca quebrei nada na vida. Fiquei assustado, mas o Joca colocou no lugar e parou de doer. Farei um raio-x, mas só como precaução”, concluiu o comandante.

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