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Velejadores solitários cruzam o Oceano Atlântico na TransAt 6,50

Redação Webventure/ Vela

Thomas comemorou bastante a chegada em Savador (foto: Divulgação)
Thomas comemorou bastante a chegada em Savador (foto: Divulgação)

Terminou na tarde desta quinta-feira, em Salvador, a regata Mini-TransAt 6,50, que partiu de Charente-Maritime, na França, passando por Funchal (Ilha da Madera-Portugal) e concluindo em Salvador, na Bahia. A prova reúne velejadores solitários que cruzam o Oceano Atlântico em embarcações simples e o primeiro a chegar em terras brasileiras foi o francês Thomas Ruyant, a bordo do Faber France.

Ao todo, o percurso totaliza 7.800 quilômetros e os competidores iniciaram as disputas no dia 13 de setembro. Ruyant levou 18 dias 20 horas e 16 minutos com uma velocidade de 6,92 nós (aproximadamente 11 km/h) de média para completar o percurso.

Ruyant chegou à Marina da Bahia bastante empolgado, mas sem esconder o cansaço da competição, que abre portas para a disputa de vela oceânica solitário. “O barco foi preparado em dois anos Mas como é difícil essa regata! Atravessar o Atlântico nesses caixotes não é tão fácil como pode parecer. Eu falava todos os dias com o meu barco. Eu conheço suas qualidades e seus defeitos. Ele respondeu a todas as minhas expectativas”, declarou o vencedor.

Na última quarta-feira (21), o vencedor calculava cerca de 55 milhas náuticas 81,51 quilômetros – de vantagem sobre o segundo colocado, HP Schipman e 74,26 119,50 quilômetros – sobre Bertrand Delesne, terceiro colocado.

“Eu realmente não desisti em nenhum momento. Foi assim que pouco a pouco eu cavei a vantagem e em seguida eu ganhei velocidade fazendo várias manobras”, contou Ruyant sobre suas estratégias.

Brasil na disputa – A brasileira Izabel Pimentel é a única brasileira a competir na TransAt, que considera um “treinamento” para encarar a volta ao mundo sozinha. Em 2007, durante a competição, Izabel teve problemas com o barco e, neste ano, segue na disputa para chegar a Salvador. “Em 2007 meu barco não estava conforme as normas, acho normal ele não poder largar. O que me aborrece é que há dois anos eu tinha um patrocinador, tinha capital. Mas não faz mal, estou muitíssimo feliz de participar dessa prova. A emoção aumenta, pois vou entrar no meu país competindo”, contou a competidora em Portugal.

A brasileira velejou durante 8dias 21h 26min29s, percorrendo mais de dois mil quilômetros (aproximadamente 1.200 milhas náuticas) entre a saída, na França e Funchal. “Já na largada, tive um probleminha no meu barco. Eu mesma consertei, não queria retornar ao porto. Parti de uma vez por todas”, comemorou.

Para a chegada da prova, Izabel está apreensiva. “Meu barco, mesmo sendo um protótipo, não é novo. Ele é pesado. Eu não consigo brigar com os barcos de última geração. Apesar de tudo, mesmo se estou em último, eu brigo até o fim. Porque eu não esqueço que isso é uma competição”, concluiu.

Este texto foi escrito por: Webventure

Last modified: outubro 22, 2009

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