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Velopiocerá é marcado por altas velocidades e trecho complicado


Velocidade foi a característica da etapa (foto: Divulgação/ Josy Neves)

Direto de Tianguá (CE) – O Rally Piocerá, que começou hoje (24) em Teresina (PI), tem a prova de velocidade apelidada de Velopiocerá e estréia nesta edição do rali. São 19 veículos, em quatro categorias, disputando 12 etapas em um circuito fechado delimitado pela organização.

A prova de hoje teve três etapas, com 33 quilômetros cada uma, e foi realizada em uma fazenda próxima da capital piauiense. “Era um piso muito bom e muitos pilotos com velocidades acima de 150 Km/h. Foi registrado um carro a 155 km/h”, afirmou Fernando Holanda, diretor de prova do Velopiocerá, que não gostou muito do pé pesado dos pilotos. “Vamos chamar a atenção deles no briefing para que isso não volte a acontecer nesta quinta-feira (24). Essa velocidade é altíssima”, completa.

De acordo com a classificação de cada etapa, os pilotos ganham pontos que vão sendo somados à medida que a prova vai avançando. Quem chegar mais rápido, fica com 10 pontos; o segundo colocado tem oito; o terceiro, cinco, e assim por diante. A última etapa tem peso dois. “Foi uma prova legal, bem rápida. Não fomos mal. O carro ficou inteiro, andava muito bem, uma prova muito gostosa”, afirma o piloto Willen Van Hess.

Na categoria Production, os vencedores foram Igor Ribeiro/ Humberto Ary, com 28 pontos. Na Super Production, Cezar Cacau/ Thiago Mupurunga somaram 26 pontos e estão na frente. Na Protótipo, Gustavo Xavier e José Luiz venceram todas as etapas de hoje e estão com 30 pontos. Já nos caminhões, há somente um competidor, o brasiliense Ricardo Augusto. Porém, segundo Holanda, esse resultado ainda pode mudar, pois não foram computadas as penalizações.

Problemas de velocidade – O diretor de prova do Velopiocerá não gostou muito das altas velocidades e alertou novamente os pilotos. “O lado bom é que eu me convenço cada vez mais que essas provas precisam ter limitador de velocidade. Pois, se não tiver, esses carros vão atingir velocidades ainda maiores. O perigo é muito grande”, comenta Holanda.

A velocidade máxima na prova é de 150 km/h e, nas zonas de radares, varia de 30 a 40 km/h. “Ontem foi pedido para respeitar a velocidade. Amanhã vai ter também zonas de radares. Eles não podem em hipótese alguma ultrapassar esses limites”, completa.

Na maioria das curvas do trecho de hoje, havia uma lombada antes e depois da curva que, na sua maioria, eram cotovelos com 90º. “Muitos perderam a freada e não conseguiram fazer as curvas, passaram direto. A prova não estava fácil e precisava estar muito atento”, explica Holanda.

Por causa dessa dificuldade nas curvas, o piloto Igor Ribeiro, afirmou que tentou ganhar tempo nas curvas pois, na reta, todos aceleram igual. “A pista está propícia a andarmos fortes. O perigo são as pedrinhas que tornam o terreno ainda mais escorregadio”, explica.

Willen fala que a navegação não estava complicada. “A navegação estava fácil e o terreno não era complicado. Tinham estradões de quatro quilômetros, muito rápidos. Tinha um pouco de areião mas que não estava complicado. Não cansei muito, simplesmente demos um passeio.”

Este texto foi escrito por: Thiago Padovanni