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Ventos fracos não impedem título do Touché no Warm up


O veleiro venceu mais uma competição (foto: Alexandre Koda/ www.webrun.com.br )

Direto de Ilhabela – No último domingo aconteceu a última regata da segunda etapa da Copa Mitsubishi Motors de Vela, o warm-up da Semana de Vela de Ilhabela, e o veleiro Touché de Ernesto Breda ficou com o título. Após os ventos fortes dos primeiros dias, os oito nós que sopraram no canal de São Sebastião exigiram muito trabalho da tripulação.

“Essa não é a condição para o nosso barco, velejar com vento fraco é mais difícil”, explicou o comandante. “Não foi tão simples, mas deu certo porque largamos bem. Se tivéssemos largado mal nessa condição seria muito mais difícil do que nos outros dias”, lembrou Breda em relação às regatas em que largou escapado durante o campeonato.

Eles não tiveram vida fácil para chegar ao título, já que além de terem corrido para se recuperar após as largadas escapadas, não completaram uma das regatas devido a um cabo que enroscou na hélice do motor, obrigando-os a retornar ao píer antecipadamente. “Quebramos em uma, mas a quantidade foi suficiente para ficarmos com o título. A tripulação trabalhou bem, fez um trabalho excelente de recuperação e agora conhecemos melhor o barco”, contou o comandante.

Favoritismo – Esse ano eles também foram campeões do Circuito Oceânico Ilha de Santa Catarina, em fevereiro, em Florianópolis, e da Búzios Sailing Week, no Rio, em abril, mas Breda prefere ser cauteloso e não fala em favoritismo para a Semana de Vela, a ser disputada entre quatro e 11 de julho. “O pessoal que veleja comigo está acostumado à pressão. Tivemos uma lição dura ano passado, já que largamos a última regata com três pontos à frente do Mitsubishi, empatamos em primeiro, mas perdemos no critério desempate”, lembrou o velejador. Segundo ele, todos estão com “o pé no chão”, já que virão mais barcos para a disputa, inclusive alguns estrangeiros fortes.

As mudanças feitas no barco para a temporada 2009 são os grandes trunfos para os bons resultados, já que o barco literalmente desliza na água. “A quilha é mais fina e tem um bulbo. Se o barco fica mais em pé, em compensação anda mais de lado, porque a quilha é estreita”, explicou Breda. “Se você não tem velocidade, escorrega de lado. É completamente diferente a velejada, mas é mais rápida”.

Agora o Touché será levado para Santos e retirado da água, já que estão programadas algumas manutenções preventivas e revisões de equipamentos. “Não vamos fazer mais nada de novo”, finalizou o comandante. A tripulação volta a se reunir às vésperas da regata Alcatrazes por Boreste, evento que abre oficialmente as disputas da Semana de Vela de Ilhabela, no dia cinco de julho.

Este texto foi escrito por: Alexandre Koda