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Vitaly Gorelik, importante montanhista russo, morre no K2


O russo Vitaly Gorelik (foto: Anna Piunova / Mountain.Ru)

Morreu ontem (6) de manhã, no campo base do K2 (8.611 metros), o alpinista russo Vitaly Gorelik. Ele era um dos integrantes da fortíssima equipe russa que tentava completar a primeira escalada invernal na segunda montanha mais alta do planeta, que fica no Himalaia. O chefe da equipe, Viktor Koslov, deu a expedição por encerrada após a confirmação da morte.

Indicado ao importante prêmio francês Piolet D’or pela abertura, em 2009, de uma via no Pobeda (de 7.439 metros, na fronteira de Quirguistão com a China), Vitaly não conseguiu ser retirado de helicóptero do campo base do K2, devido ao mau tempo, logo depois de ter descido dos 7 mil metros de altitude, onde fixava cordas e levava equipamentos junto de mais dois integrantes da equipe russa.

No campo base, Vitaly recebeu os primeiros socorros do médico da expedição, pois apresentava sérios congelamentos em alguns dedos das mãos e dos pés. Seu quadro piorou nos últimos dias, sendo necessário o uso de oxigênio, pois ele apresentava sérias dificuldades para respirar.

Segundo o alpinista italiano Simone Moro, que junto com o cazaque Denis Urubko tenta chegar ao cume do Nanga Parbat (8.125 metros), em outra expedição invernal, Vitaly pode ter sofrido um ataque cardíaco devido a complicações pulmonares.

Maus bocados. Considerada uma das montanhas mais difíceis de ser escalada, o K2 já tinha mostrado as suas garras algumas semanas atrás, quando o acampamento 1 dos russos foi destruído por ventos de furacão. Os três membros que estavam ali só não morreram porque, ao perceberam que a coisa iria se complicar, se equiparam dentro de suas barracas, se preparando para o pior. Quando enfim chegou, o vento desintegrou a barraca, que não estava presa no corpo dos russos (um deles teve de descer sem crampon, pois muitos equipamentos sumiram).

Este texto foi escrito por: Sylvio Jr., especial para o Webventure