Neste Minha Aventura o casal Pio e Dri, que está dando a volta ao mundo, conta como foi passar pela China, nesta décima primeira fase de viagem.
Pois é, estamos voltando. Mas não se assustem, pois na verdade agora que deixamos o Japão é só pegar a esquerda e começar a voltar ao Brasil, mas ainda vai demorar alguns meses….Pensaram que tínhamos brigado? Pois é, brigamos a todo instante, mas faz parte do relacionamento e das 24 horas constantes juntos.
Não ficamos para ver a Copa toda, pois não estava em nossos planos e temos muito por percorrer, ver e aprender, por isso seguimos em frente e agora estamos em Hong Kong para viajar e conhecer melhor a China. Do Japão, é claro, saímos correndo, por causa do preço.
Um hotel cápsula (container pequeno com uma cama) custa de U$ 25 a U$35, um sanduíche custa U$ 10 e se calcularmos as despesas de uma semana em Tóquio, nos custa o mesmo que 40 dias na Tailândia. Um hotel minúsculo custa o mesmo que um hotel na frente da praia no Havaí.
A estrutura – O melhor por lá é a impressionante arquitetura dos arranha-céus, as lojas de eletrônicos e os trens de todo o tipo e velocidade. O silêncio das ruas e do metrô também chama a atenção e mesmo as ruas do centro financeiro (as mais movimentadas) são silenciosas. Fomos assistir ao teatro Kabuki (século XVII), e uma peça dura cerca de quatro horas, mas eles vendem ingresso também para um só ato (1,5 hora) e isto foi o máximo que agüentei. Os trajes são impressionantes, as maquiagens são fantásticas e a performance sonolenta (Pio).
Fomos a um ginásio de sumô e é divertido ver aqueles gigantes andando de chinelinho de dedo, os mesmos que as gueixas usam. Aliás, vimos muitas mulheres com trajes típicos e chinelinhos de madeira pelas ruas. Perfeita harmonia entre o tradicional e o high tech. Fomos ao prédio da Sony (um show room de seis andares) com o mais moderno em termos de tecnologia no mundo.
De resto, muita andança pelas ruas, jardins japoneses com árvores tratadas como bonsais, metrô complicadíssimo, ruas limpas, prédios modernos, muita gente, ou seja, tudo aquilo que estamos acostumados a ver e imaginar de Tóquio.
Hong Kong – Cidade grande. Muitos prédios (altos e modernos contrastando com uns bem velhos e feios). Paraíso das tradings (até a pousada que estamos é uma). Muito calor úmido (litoral). Muito chinês simpático.
Rodamos a cidade toda. É bem legal, com uma poluição visual incrível. Para todos os lados que viramos vimos luminosos. Eles invadem as ruas de uma maneira que parece um varal com luminosos pendurados. A cidade e limpa e quem jogar papel no chão, cuspir ou sujar a rua de alguma maneira, leva uma multa de U$ 100,00.
Hong Kong era da Inglaterra até 1997, quando passou para o domínio da China novamente (100 anos de domínio inglês). Nada mudou, desde então. O dinheiro é diferente do da China (Hong Kong dólar), e na economia e costumes também tudo continua igual. Ontem fomos assistir ao jogo do Brasil na casa de um Chinês que conhecemos na Coréia, depois do jogo Brasil X China. Ele nasceu e viveu a vida toda aqui em Hong Kong e tem uma trading que exporta pro USA e Canadá.
Ele já tem um filho de 10 anos e agora está esperando mais um. Nós perguntamos a ele sobre o controle de natalidade que a China imprime ao chineses e ele nos disse que aqui ele pode ter quantos filhos quiser, mas quem não mora em Hong Kong e quiser ter mais de um filho tem que pagar uma multa super alta (HK$ 10.000,00), além do aborto ser amplamente estimulado.
A cidade não tem muitos lugares diferentes pra visitar, mas gostamos muito. Comemos muita comida chinesa, que é deliciosa e muito ruim ao mesmo tempo. Isto é, alguns pratos são maravilhosos, outros nem tanto. Amanhã vamos a Yangsuo, uma cidadezinha ao sul da China com rios e lagos, que uns amigos que conhecemos na Tailândia nos recomendaram muitíssimo.
Este texto foi escrito por: Pio e Dri