Voluntária fazendo a segurança no fim do rapel (foto: Fábia Renata)
Amar as pessoas. Este é o primeiro pré-requisito para o voluntário ser aceito na ONG Eco Sistema, organizadora do Ranger Eco Adventure. Em primeiro lugar amar a si mesmo, ter boa auto-estima, e depois ter prazer em ajudar o próximo, diz Demetrius Alexandre de Carvalho, diretor da ONG.
Nesta edição do evento, 43 voluntários eram responsáveis pela distribuição dos kits de identificação, de alimentação, por fazer a ancoragem na descida do rapel, fazer PC (posto de controle) pelas trilhas do trekking, entre muitos outros trabalhos que precisavam ser feitos para que o evento acontecesse.
Ter iniciativa, saber trabalhar em grupo e gostar da natureza também são fatores essenciais para o voluntário da Eco Sistema. São jovens de 18 a 35 anos, muitos deles universitários, que não se importam de passar o fim de semana trabalhando.
Voluntários – Thomas Lemcke, 20, estudante de engenharia em São Paulo, participou pela segunda vez do Ranger Eco Adventure. Sou voluntário porque gosto do contato com a natureza, sempre faço novos amigos, dá para relaxar e porque gosto de esportes de aventura, revela Thomas, que estava dando assistência na descida de rapel..
O estudante conhecia o diretor da Eco Sistema e foi convidado para participar das atividades como voluntário. Quase sempre é assim, um amigo apresenta o outro e a rede de voluntários vai se formando.
Foi o que aconteceu com Érika Domingues de Moraes, 22, que faz faculdade de Turismo e conheceu a ONG por meio de seu namorado, o Gilvan. Sempre que posso participo das atividades, quando não estou escalada para fazer plantão no banco onde trabalho, conta Érika.
A estudante de Turismo também gosta do contato com a natureza e já participou de outros dois eventos como voluntária. Também já fez o Programa de Voluntariado, oferecido pela entidade, e aprendeu técnicas verticais, nós e ancoragem, acampamento selvagem e atividades experienciais.
Mônica Severien, agente de viagens, é a voluntária mais antiga da Eco Sistema. Há oito anos ela faz parte da equipe de voluntários dos eventos. Ser voluntário é ter comprometimento com a minha entidade. O voluntário é o pau para toda obra. Por exemplo, gosto muito de fazer tirolesa e caminhar, mas tenho que ficar sentada contando os lanches. Então vou ficar, porque vai chegar um dia em que eu vou poder fazer o trekking. Ser voluntário na Eco é gostar de todos os ecossistemas e das pessoas, diz Mônica.
Em todos os eventos promovidos pela ONG os voluntários são presença constante. Eles têm todo o suporte (alimentação, transporte e hospedagem) sem custo nenhum desde a sede, em São José dos Campos, no interior de São Paulo, até o local do evento.
Para se candidatar a voluntário na ONG, é necessário preencher uma ficha no site (o da Ecosistema é www.ecosistema.org.br) ou ser apresentado por alguém que já faz o trabalho. A partir daí começa um relacionamento, a pessoa participa de outros programas e vai se desenvolvendo. Uma vez por semestre também acontece um treinamento, em que os voluntários aprendem mais e se tornam mais responsáveis.
Auto-estima é essencial, porque o voluntário precisa transmitir isso para os outros, precisa ser um vírus contagiante, pois tem a missão de promover a transformação das pessoas, ensina Demetrius.
Este texto foi escrito por: Fábia Renata