O vencedor Puma seguido de perto pelo Telefónica (foto: Ian Roman / Volvo Ocean Race)
Depois de percorrer 7.500 milhas náuticas desde a cidade de Auckland, na Nova Zelândia, o veleiro Puma foi o primeiro a chegar em Itajaí, em Santa Catarina. Foram 19 dias mais 22h9min50s até que a equipe comandada pelo norte-americano Ken Read vencesse a quinta perna da Volvo Ocean Race na sexta-feria (6). Com esse resultado, eles passaram para a segunda posição na classificação geral.
Durante maior parte dessa etapa, o Puma se manteve quase sempre em segundo lugar. Apenas quando estavam na costa uruguaia, o até então líder Groupama teve um mastro quebrado e precisou parar por dois dias para consertos em Punta Del Este. Assim, a equipe de Ken ficou em primeiro. O Telefónica, onde está o brasileiro João Signorini, chegou apenas 12 minutos depois, e ainda lidera a regata na pontuação geral. O Groupama deve chegar a Itajaí na segunda (9).
“Foi uma das etapas mais duras em que já tive, nas três edições que competi”, disse Signorini. “A passagem pelo Cabo Horn foi muito difícil. A vida no barco é espartana, sem nenhum conforto. É uma rotina totalmente diferente do habitual, mas fomos recompensados com essa recepção inesquecível”, se referindo à chegada em Santa Catarina.
Vários incidentes. O Telefónica, que havia largado em primeiro na Nova Zelândia, também precisou parar por 17 horas na região do Cabo Horn, para consertar o casco. Apesar do contratempo, eles não foram tão prejudicados quanto alguns de seus oponentes que também enfrentaram avarias.
Após a largada, os seis veleiros da regata se mantiveram próximos uns dos outros, até que o Sanya quebrou o leme no quarto dia da etapa. Os chineses tiveram então de voltar para Auckland e, após reparos, seriam transportados diretamente para a próxima largada, em Miami.
Nesse mesmo dia, a equipe Abu Dhabi já começava a ficar para trás, até que no início de abril também se retirou da etapa por problemas no casco, mas está sendo transportada para Itajaí. O time Camper precisou parar no dia 3 por causa de problemas estruturais, mas após seis dias de reparos no Chile voltou à regata.
Parada brasileira. Durante a estada em Itajaí, os tripulantes irão passar por exames médicos, descansar e aproveitar para realizar reparos adicionais nas embarcações. Eles também devem acompanhar parte da programação preparada pela prefeitura local, que inclui shows musicais e exposições culturais. Deve acontecer uma regata de porto no dia 21 de abril, e depois os competidores partem para Miami, percorrendo mais 3.590 milhas náuticas.
Este texto foi escrito por: Pedro Sibahi
Last modified: abril 9, 2012