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Volvo Ocean Race: Guerra de manobras nos mares do sul

Disputa acirrada pela liderança entre MAPFRE e Dongfeng Race Team na terceira etapa da Volvo Ocean Race. AkzoNobel da brasileira Martine Grael tenta se recuperar após quebra de peça importante a bordo

Foto: Divulgação

Os barcos Mapfre e Dongfeng Race Team lideram a terceira etapa da Volvo Ocean Race 2017-18. Os adversários praticamente estão empatados na perna pelos mares do sul, que terá como destino final a australiana Melbourne. Só neste domingo (17), as duas equipes fizeram mais de 20 manobras de mudança de direção para tentar ganhar mais velocidade na regata. Os barcos estão próximos à zona de exclusão de gelo definida pela Volvo Ocean Race para garantir segurança dos tripulantes. Nessa região há registros de icebergs.

As manobras chamadas de jibe ou cambada exigem toda a tripulação no convés. O procedimento pode demorar cerca de 30 minutos. “Tudo bem a bordo, com moral elevada, especialmente agora que estamos perto da liderança novamente. E temos motivos para isso: ontem, neste momento, a diferença do Dongfeng era de mais de 15 milhas”, disse Joan Villa, navegador do MAPFRE antes de o barco assumir a liderança provisória neste domingo.
Os espanhóis lideram a classificação geral da Volvo Ocean Race também. A terceira etapa tem pontuação dobrada. “Desde o final da noite e toda a manhã tivemos contato visual com o Dongfeng, tanto na hora dos jibings quanto no limite de gelo”, comentou Joan Villa.
Na parte de trás da flotilha, o team AkzoNobel da brasileira Martine Grael volta a navegar com 100% de aproveitamento do barco. A trilha do mastro do Volvo Ocean 65 rompeu nesta semana fazendo com que o veleiro perdesse velocidade. O time perdeu posições agora tenta se recuperar. Eles estão em sétimo e último lugar. A previsão de chegada dos líderes varia entre 24 e 25 de dezembro. Os barcos saíram da Cidade do Cabo em 10 de dezembro.
Os barcos estão ao norte das Ilhas Kerguelen. Na Whitbread Race de 1981, o 33 Export perdeu seu mastro e ficou preso por lá. Depois de cerca de quatro semanas na ilha, os velejadores foram resgatados por um navio francês. O porto de refúgio de hoje seria a ilha de São Paulo ao norte.

Foto: Divulgação