Green Dragon vai para terra natal na 7ª perna (foto: Guo Chuan/ Green Dragon Racing)
A maior regata de volta ao mundo do planeta despede-se dos Estados Unidos. Os sete barcos da Volvo Ocean Race deixarão Boston, cidade da equipe Puma Ocean Racing, neste sábado (16) e partem para Galway, na Irlanda, terra de parte da tripulação do Green Dragon Racing.
A etapa, como acontecerá nesta segunda metade da disputa, será mais curta. Ao todo, 2.550 milhas náuticas, cerca de 4.800 quilômetros, serão navegados pelos barcos Ericsson 4, Ericsson 3, Puma, Telefonica Blue, Telefonica Black, Delta Lloyd e Green Dragon em cerca de uma semana, para as primeiras equipes.
Algumas tripulações terão novidades para esta que será a sétima perna da regata. Dentre elas, Telefonica Blue, Telefonica Black e Ericsson 3 (veja mais). Esta será uma das etapas mais estratégicas de toda a regata, já que atravessar o Atlântico Norte implica em cruzar alguns desafios, como o frio, uma área de proteção às baleias, área de exclusão de gelo, o último Portão de Pontuação, situado à longitude 52 graus e 38 minutos Oeste, ao sul de Newfoundland, e também a última oportunidade de usar o Stealth Play, ferramenta que tira o barco por 12 horas do radar dos concorrentes para que a equipe faça uma escolha de percurso sem que os outros saibam qual é.
“É uma etapa muito complicada. As pessoas tendem a enxergar esta perna como uma travessia rápida, mas a realidade é que existem muitos perigos entre os Estados Unidos e a Irlanda”, disse o meteorologista da Ericsson Racing Team, Chris Bedford, que atribui à etapa grau de dificuldade 8 numa escala até 10.
“Nas primeiras 24 horas eles subirão pela costa do Maine até o fim da zona de exclusão das baleias. Eles passarão por essa região à noite, encontrando brisa continental, potencialmente fraca, e deverão ficar muito próximos uns dos outros brigando pelos melhores ventos”, explicou Chris.
“Essas podem ser as milhas mais difíceis que iremos veleja”, disse Ian Walker, comandante do Green Dragon. “Para nós, voltar para Galway é o mais esperado da regata. Talvez seja a coisa mais importante que iremos fazer, velejar para a Irlanda”.
Liderança – O líder da competição, Torben Grael, que comanda o Ericsson 4, promete não medir esforços para manter sua vantagem na classificação da regata. “Nunca se pode deixar de respeitar uma travessia do Atlântico. É uma das etapas mais delicadas da regata e teremos muitos desafios pela frente. Mas encaramos como todas as outras etapas da competição, vamos lutar por um lugar no pódio e se possível uma boa colocação em relação aos nossos rivais diretos, disse Torben.
É mais uma etapa que põe em jogo pontos muito valiosos. Se você for conservador demais pode acabar não conseguindo o resultado que espera. Mas se forçar demais o barco, pode colocar em risco todo o trabalho realizado até agora. No fim das contas a questão é saber gerenciar bem os riscos”, completou.
Em águas irlandesas, acontecerá no dia 30 de maio a regata in-port, a sexta e penúltima desta edição da Volvo Ocean Race. As embarcações partem para Marstrand, na Suécia, no dia 6 de junho.
Este texto foi escrito por: Redação Webventure