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Volvo Ocean Race termina na Rússia com vitória do TeleBlack; Relembre a volta ao mundo


Confira a pontuação de cada etapa (foto: Rick Tomlinson/ Volvo Ocean Race)

A maior regata de volta ao mundo do planeta terminou neste sábado (27), em São Petesburgo, na Rússia. Os oito barcos os sete que competiram a regata inteira mais o Team Russia finalizaram a disputa com a primeira vitória dos espanhóis do Telefonica Black.

Foram 37 mil milhas navegadas ao redor da Terra, em um total aproximado de 69 mil quilômetros. Foi a maior circunavegação da história da competição, que completou 35 anos.

Dentre outras novidades da edição 2008/09, estava os portos asiáticos que receberam pausas da disputa. Cochin, Cingapura e Qingdao estrearam na Volvo Ocean Race e fizeram com que o continente ganhasse reconhecimento pela organização da prova, que anunciou que a Ásia continuará na rota dos barcos nos próximos anos.

A primeira metade – A volta ao mundo começou no dia 11 de outubro, em Alicante, na Espanha. Os oito barcos fizeram, primeiramente, uma regata in-port em águas espanholas para na semana seguinte rumarem para Cidade do Cabo, na África do Sul. A etapa contou com um primeiro grande desafio: a passagem pelo Estreito de Gibraltar. Foram 6.500 milhas náuticas velejadas, cerca de 12 mil quilômetros, em que o Ericsson 4, de Torben Grael, conquistou suas primeiras vitórias, porque venceu não só a etapa, como alcançou o recorde de singradura ao velejar 602,66 milhas náuticas em 24 horas.

Sob a imagem da Table Mountain, a flotilha partiu para a Índia no dia 15 de novembro, e encararam 4.500 milhas náuticas (8.300 quilômetros). O Delta Lloyd já partiu de lá com novo comandante. Saiu Ger O´Rouke, entrou Roberto “Chunny” Bermudéz, espanhol ex-tripulante do Brasil 1, em 2005/06.

Torben Grael já mostrava a imponência de seu comando e a potência de sua embarcação e tripulação ao vencer a segunda perna da regata. Além da vitória, ele também garantiu a pontuação máxima no Portão de Pontuação da etapa.

Os dias na Índia foram muito ricos para os velejadores, que partiram de lá, no dia 13 de dezembro de 2008, para mais uma nova cidade no calendário da VOR, Cingapura. A capital do país mostrou a todos uma vida moderna e uma cidade pronta para receber eventos de tamanha grandeza, como a Volvo e a Fórmula 1, que havia passado por lá tempos antes. O caminho teve 1.950 milhas náuticas, 3.600 quilômetros, e deu ao Telefonica Blue sua primeira vitória.

Em Cingapura, as equipes passaram o Natal e o Ano Novo e recomeçaram a disputa na água no dia 10 de janeiro, na regata in-port. O Ericsson 4 alcançou mais uma vitória e já atingia pontuação alta na liderança da regata.

A partir do dia 18 de janeiro, a China era o próximo ponto de parada da regata, e alguns temores começaram a se aproximar. As etapas seguintes levariam os barcos literalmente à “Vida ao Extremo”. O Telefonica Blue venceu novamente e mostrava a Torben Grael quem seria um dos seus mais bravos concorrentes. Foram 2.500 milhas náuticas, 4.600 quilômetros.

A flotilha partiu para a quarta etapa da regata com um barco a menos. De Cingapura, os russos do barco Kosatka rumaram de volta para a África do Sul, sem verba para seguirem a volta ao mundo.

Em Qingdao, as equipes enfrentaram frio muito forte, o que só pioraria após a saída deles do mar chinês, porém, antes disso, eles tiveram mais uma regata In-Port, que foi vencida, mais uma vez, por Torben e seus comandados.

O Ericsson 3 partiu de Cingapura sob o comando de Magnus Olsson, que assumiu a frente do barco na saída da quarta etapa no lugar do machucado Anders Lewander. Aquele momento marcava o crescimento da equipe na competição, que vencia mais adiante uma das etapas mais difíceis da história da regata.

Com uma rachadura no casco, causada após tempestades de 50 nós e ondas de dez metros de altura, os nórdicos tiveram que parar em Taiwan, no meio do caminho entre Cingapura e a China, para realizar consertos. Em um primeiro momento, o prosseguimento da equipe na regata era indefinido, porém os reparos foram feitos a tempo deles chegarem em Qingdao horas após a saída de todos os barcos para a 5ª perna, que terminaria no Brasil. Sem concorrer a in-port chinesa, eles ficaram no país apenas para reabastecimento e partiram para o Rio de Janeiro, sem pausas.

Telefonica Black e Delta Lloyd, com danos estruturais, não conseguiram iniciar a épica perna e foram transportados de navio direto para o Brasil.

Partindo da China, os barcos teriam a maior perna da história da regata, 12.500 milhas náuticas, 23 mil quilômetros, sem pausas, até o Brasil. A etapa contava com uma seqüência de adrenalina que deu muita emoção aos 41 dias de velejada.

O primeiro desafio era a passagem pelas Ilhas Fiji, que exigiria das equipes uma boa estratégia. Pela terceira vez, os barcos passariam pela estagnação dos ventos, os Doldrums, na Linha do Equador, e mudariam de hemisfério, sofrendo assim, grande alteração climática.

Com um frio extremo, as tripulações se direcionaram ao extremo sul do planeta, velejando pelo Oceano Austral, onde contornariam o Cabo Horn, um marco da navegação mundial. Com ventos entre 80 e 100km/h, e rajadas de ventos de até 110km/h, as equipes passaram pela ponta do Chile com o Ericsson 3 da liderança.

A ponta da flotilha chegou para os nórdicos após a ousada estratégia do navegador Aksel Magdahl, que decidiu cambar ao norte após a passagem pelo primeiro Portão de Pontuação, quando o computador dos barcos indicava o melhor caminho pelo sul. Naquele momento, eles amargavam a última colocação.

Aksel visualizou uma zona de baixa pressão e conseguiu entrar bem no meio dela, com um mar ruim e brisas variáveis. A ação fez com que qualquer outra estratégia usada pelos outros barcos fosse falha. A passagem pelo Cabo Horn marcou ainda a passagem pelo segundo Portão de Pontuação. Esta foi a única perna com dois pontos desse tipo, e ainda contou com duas zonas de exclusão, onde o ideal seria afastar os barcos dos ice bergs.

Chegada Histórica – A épica etapa terminou com ventos muito fracos na costa sul-americana, o que atrasou a chegada de todos na Baía de Guanabara. A previsão de, no máximo, 35 dias de regata, fez com que todos fizessem racionamento de comida e água nas embarcações, a fim de chegarem ao Rio de Janeiro com condições mínimas de sobrevivência.

Magnus Olsson comemorou a vitória no Rio de Janeiro sob os braços do Cristo Redentor e viu seu grande momento na volta ao mundo virar história.

A regata in-port na Baía de Guanabara foi com ventos fracos, e uma largada ousada deu ao Puma a segunda colocação da disputa, que foi vencida pelo Telefonica Blue. A regata foi marcada pela presença de velejadores brasileiros em diversas equipes. Bruno Prada, proeiro de Robert Scheidt, foi consultor técnico da equipe norte-americana, e dentro do barco do Puma estava Reinaldo Conrad, primeiro medalhista olímpico da vela nacional.

Já o Delta Lloyd, que tem André Fonseca em sua tripulação, teve ainda Marcelo Ferreira, companheiro de Torben Grael na classe Star, para a in-port. A equipe holandesa ficou com a terceira colocação.

A saída do Rio de Janeiro no dia 4 de abril foi com destino à Boston, nos Estados Unidos. A última passagem pela Linha do Equador marcava a permanência dos barcos no Oceano Atlântico, bem mais calmo e com menos perigo que os velejados anteriormente.

O Puma buscava com muita confiança uma vitória na chegada em casa, porém quem alcançou a pontuação máxima nas 4.900 milhas náuticas percorridas (9 mil quilômetros) foi, novamente, o Ericsson 4. Já o Ericsson 3 chegou ao local com Magnus Olsson com uma fratura na costela. O comandante foi arremessado ao mastro do barco na primeira onda que “lavou” embarcação na saída do Brasil. Novamente, Fernando de Noronha (PE) foi um Portão de Pontuação da regata.

Nas águas norte-americanas, mais uma regata in-port vencida pelo barco com melhor desempenho nas regatas costeiras, Telefonica Blue, que velejou com o convidado especial Michel Desjoyeaux, campeão da Vendee Globe.

Dos Estados Unidos, a flotilha partiu no dia 9 de maio para a Europa, em 2.250 milhas náuticas de percurso, 4.200 quilômetros, e o primeiro ponto de parada seria Galway, na Irlanda. A reta final da Volvo Ocean Race seria marcada por etapas curtas dentro da Europa, quando o cenário final da volta ao mundo começava a ser desenhado.

Torben venceu mais uma perna em terras irlandesas. A matemática já apontava para uma vitória do comandante brasileiro e sua tripulação internacional a bordo do barco sueco
De Galway para Marstrand, na Suécia, mais 1.250 milhas náuticas, 2.300 quilômetros, em uma etapa bem curta e rápida, que levaria os barcos da Ericsson para casa após um ano longe da sede da equipe.

O Ericsson 4 comemorou o retorno no lugar mais alto do pódio e a etapa não teve Portão de Pontuação. A travessia do Atlântico Norte teve ventos fortes e condições adversas que preocuparam as equipes com relação a integridade delas. Foi necessário, inclusive, vestir a roupa de sobrevivência para que os tripulantes continuassem a velejada. Além disso, o Telefonica Black teve que lidar com uma tartaruga presa em sua quilha que desgovernou o barco.

A Vitória – Ainda na Suécia, os barcos saíram no dia 6 de junho e navegaram 525 milhas náuticas, 900 quilômetros, para consagrar Torben Grael e o Ericsson 4 campeões da Volvo Ocean Race 2008/09. O comandante chegou a Estocolmo após dois dias no mar para comemorar sua primeira vitória na volta ao mundo.

O campeão da etapa foi o Puma, que conseguiu sua primeira vitória, e a derrocada foi da equipe do Telefonica Blue, que na largada bateu em pedras e teve que voltar para Marstrand não completando a etapa em dia. Eles ficaram cinco dias consertando o barco para conseguirem largar e chegar em Estocolmo. A decepção ficou por conta da perda da vice-liderança da classificação da regata, que se tornaria, naquele momento, muito complicada de ser retomada.

Em Estocolmo, a última regata in-port surpreendeu. Saindo cinco dias depois para a nona perna, o Telefonica Blue chegou ao local um dia antes da prova no porto, que foi vencida por ele. Bouwe Bekking mostrou a todos que ainda tinha muita vontade de buscar a segunda colocação.

Para animar ainda mais o holandês, o Team Russia voltou à competição para finalizar a regata “com chave de ouro”, em sua terra natal, o que dava mais uma chance do Telefonica Blue voltar à vice-liderança.

A saída para a perna de despedida da Volvo Ocean Race aconteceu na última quinta-feira (25). Sob a liderança do Puma, os barcos rumaram para São Petesburgo, na Rússia, e após uma manobra, o Telefonica Black venceu sua primeira perna da regata.

A chegada dos espanhóis aconteceu na manhã deste sábado (27) e marcou o fim de uma das edições mais emocionantes e competitivas da história da vela mundial. O tom na Rússia era de alegria de todos chegarem ao fim de uma jornada de nove meses, passando por dez países, onze portos nos quatro cantos do mundo, onde foram velejados os oceanos Atlântico, Pacífico, Austral, Índico dentre diversos mares e canais entre penínsulas.

Alguns comandantes resumiram o momento como “inacreditável”, já que os desafios impostos pela organização no traçado dos barcos eram imensos e dignos de muito conhecimento de braveza por parte de todos.

A próxima edição da Volvo acontece em 2011/2012 e pouca coisa se sabe até o momento. O porto de partida e base da prova será, novamente, Alicante, na Espanha, e a organização ainda estuda meios de tornar a regata menos custosa para a equipe, promovendo assim maior número de barcos nos próximos anos.

O Webventure acompanhou cada milha velejada pelos barcos, e trouxe à você informações desde a definição das equipes e construção dos barcos, em 2007.

Nos últimos 16 meses, fizemos 223 matérias sobre a Volvo Ocean Race e estivemos presente na parada brasileira, no Rio de Janeiro, mostrando a verdadeira emoção que os Volvo Open 70 causam.

Durante a regata, fizemos entrevistas exclusivas com Torben Grael, Ken Read, comandante do Puma, Bouwe Bekking, comandante do Telefonica Blue e Joca Signorini, tripulante do Ericsson 4, direto dos barcos em alto mar e portos de parada.

A partir de agora, você passa a acompanhar os momentos finais das equipes nesta edição e a preparação de patrocinadores, barcos e da organização da Volvo Ocean Race para a edição 2011/12 da maior volta ao mundo do planeta.

Perna 1: Alicante Cidade do Cabo
Ericsson 4 8 pontos
Puma 7 pontos
Green Dragon 6 pontos
Ericsson 3 5 pontos
Telefonica Blue 4 pontos
Team Russia 3 pontos
Delta Lloyd 2 pontos
Telefonica Black 1 ponto

Portão de Pontuação Perna 1: Fernando de Noronha (PE)
Green Dragon 4 pontos
Ericsson 4 3,5 pontos
Puma 3 pontos
Telefonica Black 2,5 pontos
Telefonica Blue 2 pontos
Delta Lloyd 1,5 pontos
Ericsson 3 *0,5 ponto (penalização)
Team Russia 0,5 ponto

Perna 2: Cidade do Cabo Cochin
Ericsson 4 8 pontos
Telefonica Blue 7 pontos
Ericsson 3 6 pontos
Telefonica Black 5 pontos
Puma 4 pontos
Delta Lloyd 3 pontos
Green Dragon 2 pontos
Team Russia 1 ponto

Portão de Pontuação Perna 2: 58 degE
Ericsson 4- 4 pontos
Ericsson 3 3,5 pontos
Green Dragon 3 pontos
Team Russia 2,5 pontos
Telefonica Blue 2 pontos
Telefonica Black 1,5 pontos
Puma 1 ponto
Team Russia 0,5 ponto

Perna 3: Cochin – Cingapura
Telefonica Blue 8 pontos
Puma 7 pontos
Ericsson 3 6 pontos
Ericsson 4 5 pontos
Telefonica Black 4 pontos
Green Dragon 3 pontos
Team Russia 2 pontos
Delta Lloyd 1 ponto

Portão de Pontuação Perna 3: Palau We
Ericsson 4- 4 pontos
Telefonica Blue 3,5 pontos
Ericsson 3 3 pontos
Puma 2,5 pontos
Telefonica Black 2 pontos
Green Dragon 1,5 pontos
Team Russia 1 ponto
Delta Lloyd 0,5 ponto

In-Port Cingapura:
Ericsson 4- 4 pontos
Puma 3,5 pontos
Telefonica Blue 3 3 pontos
Telefonica Black 2,5 pontos
Green Dragon 2 pontos
Ericsson 3 1,5 pontos
Delta Lloyd 1 ponto
Team Russia 0,5 ponto

Perna 4: Cingapura – Qingdao
Telefonica Blue 8 pontos
Puma 7 pontos
Ericsson 4 6 pontos
Green Dragon 5 pontos
Delta Lloyd 4 pontos
Ericsson 3 3 pontos
Telefonica Black Não Completou

In-Port Qingdao:
Ericsson 4- 4 pontos
Telefonica Blue 3,5 pontos
Puma 3 pontos
Green Dragon 2,5 pontos
Delta Lloyd 2 pontos

Perna 5: Qingdao Rio de Janeiro
Ericsson 3 8 pontos
Ericsson 4 7 pontos
Puma 6 pontos
Green Dragon 5 pontos
Telefonica Blue 4 pontos
Delta Lloyd Não Completou
Telefonica Black Não Completou

Portão de Pontuação Perna 5: 36 degS
Ericsson 4- 4 pontos
Ericsson 3 3,5 pontos
Puma 3 pontos
Telefonica Blue 2,5 pontos
Green Dragon 2 pontos

In-Port Rio de Janeiro
Telefonica Blue 8 pontos
Puma 7 pontos
Delta Lloyd 6 pontos
Ericsson 4 5 pontos
Telefonica Black 4 pontos
Green Dragon 3 pontos
Ericsson 3 2 pontos

Perna 6: Rio de Janeiro – Boston
Ericsson 4 8 pontos
Ericsson 3 7 pontos
Telefonica Blue 6 pontos
Puma 5 pontos
Telefonica Black 4 pontos
Delta Lloyd 3 pontos
Green Dragon 2 pontos

Portão de Pontuação Perna 6: Fernando de Noronha (PE)
Telefonica Blue 4 pontos
Ericsson 4 3,5 pontos
Delta Lloyd 3 pontos
Puma 2,5 pontos
Telefonica Black 2 pontos
Ericsson 3 1,5 pontos
Green Dragon 1 ponto

Perna 7: Boston – Galway
Ericsson 4 8 pontos
Puma 7 pontos
Green Dragon 6 pontos
Telefonica Blue 5 pontos
Delta Lloyd 4 pontos
Telefonica Black 3 pontos
Ericsson 3 2 pontos

Portão de Pontuação Perna 7: St John´s
Telefonica Blue 4 pontos
Puma 3,5 pontos
Ericsson 4 3 pontos
Ericsson 3 2,5 pontos
Telefonica Black 2 pontos
Delta Lloyd 1,5 pontos
Green Dragon 1 ponto

Perna 8: Galway – Marstrand
Ericsson 4 8 pontos
Puma 7 pontos
Green Dragon 6 pontos
Telefonica Blue 5 pontos
Delta Lloyd 4 pontos
Telefonica Black 3 pontos
Ericsson 3 2 pontos

Perna 9: Marstrand – Estocolmo
Puma 8 pontos
Ericsson 3 7 pontos
Ericsson 4 6 pontos
Telefonica Black 5 pontos
Green Dragon 4 pontos
Delta Lloyd 3 pontos
Telefonica Blue Não Completou

In-Port Estocolmo
Telefonica Blue 8 pontos
Puma 7 pontos
Telefonica Black 6 pontos
Ericsson 4 5 pontos
Ericsson 3 4 pontos
Delta Lloyd 3 pontos
Green Dragon 2 pontos

Perna 10: Estocolmo São Petesburgo
Telefinica Black 8 pontos
Puma 7 pontos
Telefonica Blue 6 pontos
Ericsson 3 5 pontos
Ericsson 4 4 pontos
Green Dragon 3 pontos
Delta Lloyd 2 pontos

Este texto foi escrito por: Lilian El Maerrawi