O paranaense no Annapurna (foto: Arquivo pessoal)
O brasileiro Waldemar Niclevicz conta como é ficar sozinho no acampamento 2 do Annapurna, montanha que ele está tentando o cume.
Estimados amigos!
Depois de três noites no acampamento 1 (5.100 metros de altitude) e uma ida até os 5.500 metros, estou agora a 5.700 metros, no que será o meu acampamento 2, já que a minha barraca é a única por aqui.
Hoje fui com o Carlos Soria e sua equipe até os 5.500 metros, final da trilha aberta pela equipe do Dawa, onde alguns de seus clientes dormiram dizendo ali ser o acampamento 2. Bom, cada um escolhe onde acampar, mas o lugar certo do 2 é onde agora eu me encontro e onde cheguei ao meio-dia, com meus dois bravos sherpas, que logo voltaram para o 1.
Bem, ficar aqui sozinho dá um certo calafrio. Como aconteceu nos últimos dias, começou a nevar forte depois das 14 horas, e agora a barraca está sendo chacoalhada por rajadas de um vento que eu ainda não conhecia aqui no Annapurna. Pena que o meu amigo Irivan [Burda], companheiro de tantas batalhas, não pode participar desta expedição.
São quase 18 horas. A visibilidade lá fora é mínima, talvez de uns 20 metros. Aqui dentro da barraca está -4 graus, por enquanto. E ainda não parou de nevar.
Amanhã meus amigos espanhóis devem vir até aqui para passar a noite. Depois eu desço com eles para o acampamento-base.
Ainda tem muita escalada pela frente e, enquanto o tempo está ruim, vamos nos aclimatando ao ar rarefeito.
Vamos com fé, vai dar tudo certo.
Namastê,
Waldemar Niclevicz
A Expedição Annapurna tem o apoio da XP Investimentos.
Este texto foi escrito por: Da Redação