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Walter Bonatti põe fim a uma das grandes polêmicas da história do alpinismo


K2 (foto: Arquivo Webventure)

A Itália saiu da Segunda Guerra Mundial como um país em depressão e dividido. Nesse cenário, preparativos começaram a ser feitos para um empreendimento heróico que mostraria a um país frustrado o que os italianos poderiam realmente fazer.

No dia 31 de julho de 1954, Lino Lacedelli e Achille Compagnon chegavam no cume do K2, a segunda montanha mais alta do mundo, localizada na Cordilheira Karakoram, no Paquistão. Foi um marco no alpinismo mundial, porém por mais de 50 anos uma controvérsia cercou essa ascensão.

Os dois alpinistas que fizeram cume foram acusados de terem deixado para trás dois outros membros da expedição, entre eles Walter Bonatti, em condições de frio extremo e tendo que fazer um bivaque forçado a 8.100m. A ascensão gerou uma outra controvérsia, pois os conquistadores alegaram ter chegado ao cume sem o uso de oxigênio suplementar, fato que Bonatti sempre desmentiu, mas nunca obteve reconhecimento.

Recentemente Bonatti esteve em Madrid, em visita à Livraria Desnível, onde diante de uma platéia abarrotada discursou sobre os acontecimentos daquela expedição, e trouxe a notícia que o Clube Alpino Italiano finalmente reconheceu que a conquista foi feita com o uso de oxigênio, como ele sempre havia alegado.

A palestra foi filmada, e a parte onde Bonatti fala sobre esses acontecimentos está disponível no You Tube. Vale a pena ver no endereço: http://www.youtube.com/watch?v=0QKIwFj-jGQ.

Este texto foi escrito por: Filippo Croso