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Yan, um campeão com limite de velocidade

Redação Webventure/ Offroad

Yan acelera entre Carolina e Barra do Corda (foto: Fábia Renata / Webventure)
Yan acelera entre Carolina e Barra do Corda (foto: Fábia Renata / Webventure)

O campineiro Alfredo Yan de Andrade já participou do Rally dos Sertões em 97. Na época, ele dirigiu um minúsculo jipinho Samurai. Para este ano, veio com um enorme caminhão Volkswagen. A razão para esta súbita mudança foram as altas velocidades que invadiram o Rally dos Sertões. “Quando corria de carro, nossas velocidades não passavam de 120 km/h. Hoje, as máximas são 160, 180, ou até mais”, diz. Hoje Yan vai receber o troféu de campeão da categoria com a qual sonhava.

Em 1997, quando estreou no Sertões, o rali ainda estava começando para a categoria carros. Naquela época, o clima era muito mais íntimo do que o de hoje. Na verdade, os competidores eram um pequeno grupo de amigos, com poucos carros. Segundo o piloto, foi “uma aventura que ficou na memória como uma coisa boa, uma diversão”, lembra.

Longe das competições – Depois de seu primeiro ano no rali, Yan ficou um tempo afastado e não queria mais competir. “Entraram as marcas maiores e ficou muito caro preparar um carro de ponta”, explica. Yan afirma que andar na frente agora é caríssimo e cada vez mais competitivo. “De 97 para cá, o Rally evoluiu muito e os carros se tornaram muito sofisticados. Com isso, as velocidades aumentaram uma barbaridade.”

Foi nessa época de insatisfação que surgiu a categoria caminhões. “Não tínhamos muita informação de como o caminhão se comportaria na trilha e foi uma surpresa grande, porque eles estão desenvolvendo a mesma velocidade que os carros. A gente consegue andar junto com os mais lentos, não é aquele trambolho que imaginávamos que fica para trás e chega de madrugada. Acredito que agora deva aumentar o número de caminhões.”

A solução – Sua opção por um novo veículo surgiu porque não queria andar nessas altas velocidades e também não tinha patrocínio suficiente para comprar um carro de ponta. Yan acredita que a imagem dos caminhões está muito positiva e que os patrocinadores estão de olho. Espera que no ano que vem haja mais participantes, para que a competição se torne mais acirrada. Neste Sertões 2001 quatro caminhões iniciaram a prova e só dois, o dele e o de Carlos Salvini, terminaram.

Este texto foi escrito por: Bruno Doro e Fábia Renata

Last modified: julho 21, 2001

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