Equipes largaram nos ducks (foto: Zé Pupo)
Confira o relato de José Roberto Pupo, o Zé Pupo, da Equipe Motorola SOS Mata Atlântica, que acompanha, com Mateus Ferraz Gil, o desempenho de sua equipe e tudo o que acontece no Desafio das Montanhas, prova de corrida de aventura que levará os atletas do mar às montanhas capixabas entre os dias 21 e 25 de maio, num percurso de 410 quilômetros realizados em provas de trekking, canoagem, mountain bike, orientação e técnicas verticais
A prova está seguindo num ritmo forte para as três primeiras equipes, Team Xpresso, Oskalunga e Motorola SOS Mata Atlântica, que estão andando juntas. A equipe Paradofobia passou às 18h06 no PC3, cerca de 30 minutos atrás do pelotão da frente, e é formada por atletas argentinos e brasileiros.
No PC3, a corrida passou de bike pelo município de Santa Leopoldina, e é uma das primeiras cidades da região, que teve uma colonização de africanos, pomeranos e italianos. Ela fica bem na beira da estrada que sobe a serra. O Desafio das Montanhas começou ao nível do mar e está subindo para as montanhas.
Na largada houve um problema que muitos ducks estouraram por causa do sol forte e então a organização mudou a estratégia. Uma dupla remou da Praia da Costa, em Vila Velha, até a estação de captação de água da Cesan, em Cariacica, num percurso de 35 quilômetros. A outra dupla foi deslocada até o primeiro AT da prova.
Os atletas estão indo para o PC4, na segunda etapa de canoagem, onde haverá uma inversão de quem irá remar, já que na primeira etapa só remaram dois. Serão 14 quilômetros de percurso e eles vão carregar os ducks por pouco tempo e chegarão à base da prova, na cidade de Santa Maria de Jetibá, onde estarão as caixas, que os atletas as encontrarão pela primeira vez, e somente por mais duas vezes até o fim da competição.
Às 18h22, passaram ao mesmo tempo pelo PC3 as equipes Competition Aroeira e Zenith, da Argentina.
Cultura e Ação Social e Ambiental – Santa Maria de Jetibá sobrevive basicamente da agricultura, e tem totalmente a colonização pomerana. Pomerânia era um país bem pequeno que ficava entre a Polônia e Alemanha e que na Segunda Guerra Mundial os poucos habitantes que lá tinham fugiram e o território foi incorporado e hoje não existe mais.
Nossa equipe, eu e o Mateus, fizemos uma ação ambiental nessa cidade, no colégio São Sebastião, onde foi analisada a qualidade do rio que dá nome à escola, e que foi determinado com qualidade aceitável.
Nós doamos um mini-laboratório em nome da fundação SOS Mata Atlântica para essa escola e durante dois anos as crianças participarão do projeto Rede das Águas, mais especificamente do Observando Nossos Rios, e farão o controle de qualidade da água do rio. Nós fizemos também uma palestra com essas crianças e foi muito bacana.
Este texto foi escrito por: Zé Pupo, Equipe Motorola SOS Mata Atlântica
Last modified: maio 22, 2008